Nasa completa sua constelação de satélites para monitorar furacões
A Nasa lançou nesta sexta-feira(26) a última dupla de um quarteto de satélites desenvolvidos para rastrear ciclones tropicais a cada hora, um projeto que pretende melhorar as previsões meteorológicas sobre tempestades devastadoras.
Um foguete Electron da empresa Rocket Lab decolou de Mahia, no norte da Nova Zelândia, com dois satélites a bordo. A companhia americana já havia lançado outros dois satélites no início do mês.
O diretor-executivo da Rocket Lab, Peter Beck, disse que estava "orgulhoso" do sucesso destes lançamentos. A constelação pôde ser lançada "a tempo para a temporada de tempestades de 2023", disse em comunicado.
Os satélites são do tamanho de uma caixa de sapatos e evoluíram a uma altitude de cerca de 550 quilômetros.
Terão a capacidade de passar a cada hora sobre ciclones tropicais -chamados furacões no Atlântico Norte e tufões no Pacífico-, contra seis horas atualmente.
As informações coletadas pela missão, chamada TROPICS, sobre tempestades, temperaturas e nível de umidade, devem melhorar as previsões meteorológicas.
Será possível saber, por exemplo, onde um furacão tocará a terra e com qual intensidade, o que ajudará a alertar a tempo as populações e organizar eventuais evacuações.
O Centro Nacional de Furacões(CNH) e o Centro Conjunto de Avisos de Tufão (JTWC), ambos dos Estados Unidos, se beneficiarão especialmente destes novos dados.
"Como morador da Flórida sei como é importante para milhões de americanos contar com previsões meteorológicas oportunas e precisas", disse o chefe da Nasa, Bill Nelson, em um comunicado.
A constelação teria originariamente seis satélites em vez de quatro, mas os dois primeiros se perderam quando um foguete da companhia americana Astra sofreu uma falha pouco depois de decolar no ano passado.
A medida que a superfície dos oceanos se aquece, os furacões se tornam cada vez mais poderosos, dizem os cientistas.
O furacão Ian, que devastou a Flórida em 2022, tirou dezenas de vidas e causou danos de mais de 100 bilhões de dólares, de longe o mais grave desastre meteorológico registrado no mundo no ano passado.
SES SA
FONTE: Estado de Minas