Operação internacional contra tráfico de pessoas tem mais de 200 detidos
Uma operação global conjunta entre Interpol, Frontex e Europol contra o tráfico de pessoas em maio levou à prisão de 212 suspeitos e à identificação de 1.426 vítimas em 44 países, incluindo menores - anunciou a Interpol nesta quinta-feira (1º).
O objetivo dessa ação coordenada, denominada "Global Chain", era perseguir grupos criminosos que exploram pessoas procedentes de África, Ásia e América do Sul, assim como da Europa (Bálcãs e Ucrânia), e colocar suas vítimas sob proteção, segundo o comunicado da Interpol.
Liderada por Áustria e Romênia, a operação envolveu cerca de 130.000 agentes da polícia, aduanas e fronteiras, com operações em 25.400 locais diferentes e controles de 1,6 milhão de pessoas em postos fronteiriços, estradas, estações e aeroportos (com 153.300 veículos e 8.644 voos controlados), de acordo com a mesma fonte.
Realizada entre 8 e 15 de maio, a ação policial também permitiu às autoridades da Bulgária deter um suspeito de terrorismo, sob alerta vermelho da Interpol desde 2015 e que viajava com passaporte falso.
O comunicado da Interpol também destaca seis detenções na Sérvia de suspeitos acusados de forçar dez mulheres a se prostituírem; 11, na Macedônia do Norte, por uma rede de exploração sexual de menores; e sete, na Colômbia, pela exploração sexual de 27 vítimas.
"Os grupos criminosos veem as crianças sob uma luz diferente do resto da sociedade. Para eles, são uma fonte potencial de exploração e lucro", disse o diretor-executivo dos serviços policiais da Interpol, Stephen Kavanagh, citado no comunicado.
"Operações como a Global Chain nos permitem estabelecer vínculos vitais na luta contra as redes de tráfico", acrescentou.
Para coordenar as operações no terreno, foi criada na sede da Interpol, em Lyon (França), uma célula que reúne representantes de 24 países.
Além de Romênia e Áustria, participaram Brasil, Ucrânia, países bálticos, Islândia, Reino Unido, Estados Unidos, Marrocos, Nigéria, Colômbia, Filipinas, Bangladesh e Vietnã.
FONTE: Estado de Minas