Funcionário denuncia precariedade de estrutura e equipamentos usados pelo Samu no Sul de Minas

03 jun 2023
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Funcionário denuncia situação dos alojamentos, banheiros e falta de recursos. Funcionário denuncia situação dos alojamentos, banheiros e falta de recursos no Samu

O Samu enfrenta problemas em algumas cidades do Sul de Minas em bases operacionais e ambulâncias. Um funcionário denunciou a precariedade da estrutura e dos equipamentos usados durante o serviço.

Essa é apenas uma das reclamações do estado de conservação da base do Samu em Três Pontas. Já em Santa Rita do Sapucaí, o problema é com a ambulância. O veículo foi socorrer um paciente próximo ao hospital e precisou ser guinchado.

Uma outra ambulância de São Gonçalo do Sapucaí também teve problemas. Foi um dia depois do episódio de Santa Rita do Sapucaí. Ela também foi socorrer uma pessoa na zona rural.

"Foram buscar uma pessoa com câncer terminal. Aí foi guinchado, a prefeitura teve que chamar a ambulância da prefeitura, era feriado, e acabou, resumindo, foi muito triste. A família procurou a prefeitura para reclamar. Nós estamos aí com 70% deterioradas todas as viaturas do consórcio, de todo o Cissul, elas estão com uma média de 9 anos de uso, desde 2015", disse o condutor socorrista do Samu, Cleiton Francisco Ferreira.

Na base em São Gonçalo do Sapucaí, mais problemas: paredes mofadas, cortinas improvisadas e somente um dormitório para homens e mulheres.

Funcionário denuncia precariedade de estrutura e equipamentos usados pelo Samu no Sul de Minas

Reprodução EPTV

Como acontece no dormitório, no banheiro das mulheres é ainda pior. A porta não tem trinco e também não há chuveiro. Como elas têm jornadas longas, precisam de um local confortável para higiene pessoal. Então elas precisam usar o banheiro dos homens, que não está nas melhores condições, mas pelo menos tem banheiro.

O Cleiton, que é funcionário concursado do consórcio que administra o Samu há oito anos, disse que desde que o serviço começou, os salários estão congelados.

"Nós estamos com um salário de R$ 1.460, tem 20% de insalubridade sobre o salário mínimo e a promessa é que pagaria retroativo, mas nunca chega esse retroativo", disse o funcionário.

O problema já não vem de hoje e um mesma questão persiste. Quando é preciso lavar uma parte da maca que transporta pacientes, principalmente quando tem sangue, é ao ar livre que isso acontece em local inadequado.

"Tinha que ter um tanque que cabe a prancha deitada dentro, pra gente tirar o sangue, as coisas grossas, pra depois a gente lavar ela no local adequado. Nós lavamos ela ali no chão, num local, com terra, tem vez que está chovendo a gente lava ali de frente para não ser molhar, mas acaba contaminando o solo, isso tudo foi passado pela vigilância. A gente não tem intenção de prejudicar o consórcio. É a gente adequar para poder trabalhar", completou o funcionário.

Funcionário denuncia precariedade de estrutura e equipamentos usados pelo Samu no Sul de Minas

Reprodução EPTV

A Prefeitura de Três Pontas informou que estuda a possibilidade da reforma do prédio da base ou da troca de local. Já a Prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí disse que na próxima semana vai começar a reforma da base.

Sobre a questão da lavagem das macas, o município disse que não tinha conhecimento do problema, mas que vai tomar as devidas providências.

Sobre a situação das ambulâncias, o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macrorregião do Sul de Minas informou que em hipótese alguma os veículos circulam em um estado que possa causar riscos aos funcionários ou pacientes.

O consórcio também disse que em 60 dias novas viaturas serão entregues às unidades. O Cissul ressaltou ainda que a manutenção e conservação das ambulâncias ficam sob responsabilidade dos municípios. Sobre a defasagem dos salários, a informação é de que o assunto está sendo discutido com o sindicato da categoria.

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FONTE: G1 Globo


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