Longa-metragem produzido em Divinópolis concorre à premiação internacional em Portugal

06 jun 2023
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‘Placa-mãe’ é de autoria de Igor Bastos, que também foi indicado ao prêmio de melhor diretor cinematográfico no evento português. Longa é a primeiro feito em animação no interior de Minas. História de robô que adotou duas crianças negras estreia nos cinemas em novembro

Placa-mãe/Reprodução

"Placa-mãe", longa-metragem produzido em Divinópolis, nem estreou nos cinemas e já concorre à dupla premiação internacional. A obra foi indicada ao prêmio de melhor filme no "Lisboa Indie Film Festival", realizado em Portugal.

Igor Bastos, responsável pela produção, também concorre como melhor diretor.

O cineasta, que está em Buenos Aires, conversou com o g1, falando sobre o orgulho em estar entre os selecionados e a expectativa para a cerimônia final do festival, agendada para 24 de junho.

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"Estou muito feliz com essa seleção. Isso nos fez definir que o primeiro lançamento será em Lisboa, em Portugal e, depois, vamos fazer o lançamentos em outros países do mundo como o Marrocos. O lançamento no Brasil será o último, e a ansiedade já é muito grande. Por aqui só gratidão a toda minha equipe que topou o desafio de produzir o Placa-Mãe", disse o diretor, que está na Argentina representando o audiovisual da região Sudeste do Brasil na 7ª edição do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas (Mica).

A previsão, segundo ele, é que o filme esteja em cartaz a partir de novembro nas salas brasileiras.

Placa-mãe está entre os melhores filmes segundo Prêmio Lisboa Indie Film Festival

Reprodução/LISBIFF

A escolha dos vencedores do "Lisboa Indie Film Festival" será feita por um júri técnico definido pelos organizadores.

Primeiro longa em animação do interior

Placa-mãe conta a história de um robô que adotou duas crianças em Divinópolis

Reprodução/Placa-mãe

"Placa-mãe”, que é o primeiro longa-metragem em animação produzido no interior de Minas, conta a história da robô, “Nadi”, que ganhou cidadania e adotou dois irmãos negros e com idades fora dos padrões convencionais de adoção.

A ficção mistura questões sociais e tecnológicas em uma trama emocionante. A história se passa em um futuro próximo, onde a robótica avançada permite a criação de robôs com inteligência artificial.

Nadi é uma dessas robôs, porém, é especial. Isso porque ela extrapola questões artificiais e afetividade fala mais alto. Isso faz com ela ganhe cidadania, tornando-se, então, o primeiro robô com direitos iguais aos humanos e com afetividade

“Com todas as questões que tornam Nadi um robô especial, ela decide, durante um encontro que ocorre em uma espécie de lixão, adotar dois irmãos. É aí que entram questões igualmente atuais como a inteligência artificial, que são as extensas filas para adoção e a dificuldade que algumas crianças enfrentam para serem escolhidas. As crianças que Nadi encontra são dois irmãos, negros e que estavam na fila de adoção há muito tempo”, contou.

A robô, que aprendeu amar e se preocupar com as crianças, trava a partir deste momento uma luta contra a burocracia, o tempo e o preconceito.

A animação é uma produção local, feita por uma equipe de artistas e técnicos de Divinópolis, mas também conta com participações de renome como Márcio Simões, conhecido por dublar os atores como Samuel L. Jackson e Will Smith. No filme ele dubla “Asafe", um vilão da trama.

Igor destaca que, em 120 anos do cinema brasileiro, esta é apenas a 70ª produção em animação no formato de longa-metragem.

Expectativa de grande bilheteria

Com expectativa de que o filme esteja entre os 10 melhores da bilheteria brasileira deste ano, Igor destaca a importância de trazer questões sociais para o cinema de animação em cenário nacional.

"A ideia era justamente essa, contar uma história que fosse emocionante e ao mesmo tempo trouxesse reflexões sobre os desafios que ainda enfrentamos como sociedade, abordando a questão mais atual do momento que é a Inteligência Artificial (IA)".

"Fiquei extremamente feliz com o resultado e tenho certeza que as pessoas que assistirem ao filme também vão gostar muito. Afinal, a robótica e a IA são, neste momento, temas muito presentes no nosso dia a dia, mas também precisamos falar sobre a diversidade e a inclusão", completou.

Longa-metragem em animação será lançado em novembro deste ano nos cinemas

Reprodução/Placa-mãe

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FONTE: G1 Globo


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