Austrália irá bloquear construção de embaixada russa perto do Parlamento
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, anunciou nesta quinta-feira (15, noite de quarta em Brasília) que seu governo irá bloquear a construção de uma nova embaixada da Rússia perto do Parlamento, por motivo de segurança nacional.
A Rússia aluga um terreno próximo à sede do Parlamento, em Canberra, capital da Austrália, onde pretende construir sua nova embaixada.
O governo australiano tentou rescindir sem sucesso o contrato de arrendamento que foi assinado em 2008.
Albanese explicou que, diante do fracasso de outras opções, seu governo apresentará uma nova lei para bloquear a construção com base na segurança nacional.
"O governo recebeu orientações muito claras de segurança sobre o risco representado por uma nova presença russa tão próxima da Casa do Parlamento", disse Albanese à imprensa.
"Estamos agindo rapidamente para garantir que o local alugado não se torne uma presença diplomática formal", acrescentou.
A ministra do Interior, Clare O'Neil, afirmou que o principal problema com a nova embaixada russa proposta em Canberra "é sua localização, diretamente adjacente ao Parlamento".
O primeiro-ministro admitiu que prevê algum tipo de reação da missão diplomática russa na Austrália, que havia ameaçado levar o caso à Justiça. "Não acreditamos que a Rússia esteja em posição de falar sobre direito internacional, dada a sua rejeição ao mesmo tão consistente e descarada com a invasão à Ucrânia."
A embaixada russa havia expressado previamente que estava empenhada em concluir a construção, apesar das objeções australianas.
A Rússia conseguiu arrendar o local em 2008, por meio de um acordo com uma agência federal australiana. Em 2011, obteve permissão para construir sua embaixada.
Em agosto de 2022, o governo australiano anunciou que estava rescindindo o contrato, porque a missão diplomática havia violado alguns aspectos da licença de construção, mas um tribunal federal rejeitou este argumento no mês passado, o que levou o governo a se concentrar nos argumentos de segurança nacional.
FONTE: Estado de Minas