Inversão térmica marca os dias de inverno na capital
O meteorologista Ruibran dos Reis explica: "A temperatura, normalmente, a medida que sobe na atmosfera, ela vai caindo. Isso ocorre até 12, 13 quilômetros de altura. Essa primeira camada chamamos de troposfera, onde a temperatura vai caindo em torno de 0,6 grau a cada 100 metros. Nos meses de outono e inverno, devido à ausência de nebulosidade, a Terra emite todo o calor que recebe do sol durante o dia e a noite, e, com isso, as temperaturas caem muito na superfície. E, essa bolha de calor que se forma durante o dia, vai subir à noite e e fica estacionada entre 500 e 700 metros de altura. Então, em vez de a temperatura cair nestas primeiras camadas até mil metros, ela começa a subir. E depois de passar por essa camada, ela volta a cair normalmente. Então, essa camada forma um tampão, retendo um material particular da atmosfera, que é o que chamamos de inversão térmica. Ela segura todo o material emitido pelos carros, poeira, todos os tipos gases".
El niño, falta de chuva e poluição
Ruibran dos Reis alerta ainda que o fenômeno também é ampliado pela presença do El Niño, "que já está atuando". O El Niño é outro fenômeno de grande alcance que envolve o aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico, com o aumento da temperatura global, levando a impactos significativos no clima.
FONTE: Estado de Minas