Funcionário de UPA invade celular e chantageia cunhadas com fotos íntimas

03 jul 2023
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Preso preventivamente, por policiais civis da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil do Barreiro, um homem, de 43 anos, suspeito de invadir o celular de duas cunhadas, de 20, na época tinha 17 anos, e 26 anos, espalhando fotos íntimas nas redes sociais. A prisão ocorreu na segunda fase da operação Laços de Família.
 
Segundo os delegados, Gabriel Teixeira da Silva e Gislaine de Oliveira Rios, que presidiram as investigações, o suspeito, que é técnico de enfermagem, invadiu a conta das vítimas, compartilhou as imagens e exigiu novas fotos.
Foi a partir da denúncia de uma das vítimas, a mulher de 26 anos, que compareceu à delegacia. Ela percebeu que alguém havia invadido seu celular, capturado fotos e vídeos íntimos. Ao perceber a invasão, ela parou de compartilhar fotos.
A partir daí, o suspeito passou a enviar mensagens diariamente à mulher exigindo que continuasse o compartilhamento das mídias, sob a ameaça de divulgar as fotos obtidas.

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Site de pornografia

"O suspeito chegou a postar o conteúdo em site de pornografia e enviar o link de acesso à vítima, dizendo que divulgaria para pessoas próximas caso ela não o obedecesse", diz delegado Gabriel Teixeira da Silva.

A polícia passou a fazer levantamentos digitais e análise de dados, conseguindo identificar o suspeito, casado com a irmã da vítima e padrinho do filho desta.
"Conhecedor de meios tecnológicos e possuidor da confiança da vítima, o investigado conseguiu explorar o conteúdo disponível no celular. Desde então, de forma anônima, vinha promovendo ameaças, chantagens e constrangimentos", diz.
Na sequência das investigações, a polícia descobriu que uma irmã dessa mulher e da cunhada do suspeito, também vinha sofrendo ameaças semelhantes, com a mesma finalidade.
Em 9 de maio último, a equipe policial Barreiro cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do suspeito para arrecadação de provas para o crime.
Descobriram, também, que inúmeras tentativas de exclusão remota de conteúdo e eliminação digital de provas foram feitas pelo investigado. Além de intervir em investigação policial, o suspeito continuou impondo violência psicológica contra a vítima de 26 anos. "Fato este que agravou o dano emocional, por meio de constrangimento, humilhação e ridicularização em seu contexto familiar", diz o delegado Gabriel.
Ainda na primeira fase da operação Laços de Família, os policiais descobriram que a segunda vítima do suspeito era a irmã mais nova da mulher de 26 anos, que à época dos fatos, contava com 17 anos.
"Exercendo o mesmo modo de agir, o investigado invadiu o celular e teve acesso ao conteúdo íntimo da adolescente. Descobrimos que o compartilhamento e o acesso às fotos dela vinham sendo realizados há anos", explica o delegado.
O suspeito responderá pelos crimes de perseguição, invasão de dispositivo informático, divulgação de nudez, violência psicológica contra a mulher e adquirir fotografia e vídeo que contém pornografia envolvendo adolescente.

FONTE: Estado de Minas

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