Ufla participa de projeto para clonar um dos cenários de reunião de Tiradentes
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Universidade realiza clonagem de árvore que foi um dos locais de reunião da Inconfidência Mineira e também ponto de castigo de morte de Tiradentes. Ufla participa de projeto para clonar árvore que marcou Inconfidência Mineira
A Universidade Federal de Lavras (Ufla) realiza a clonagem de uma árvore que faz parte da história do Brasil. Trata-se da figueira de 230 anos que foi um dos locais de reunião da Inconfidência Mineira. Foi nela também que a coroa portuguesa escolheu para o castigo de morte infligido a Tiradentes. O projeto foi possível por conta de um acordo entre Ministério Público e uma empresa mineradora. “Temos sementes que conseguimos da figueira, conseguimos germinar apenas quatro. Após o crescimento inicial delas, fizemos a primeira multiplicação para enxertos futuros”, destacou a doutoranda em ciências florestais Fabíola Magalhães. Ufla participa de projeto para clonar um dos cenários de reunião de Tiradentes Reprodução/EPTV O projeto ainda está em etapa inicial. Os cientistas tentam fazer uma clonagem rejuvenescedora da árvore. A figueira original fica na região central de Minas Gerais, entre Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco. No século 18, as partes do corpo de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foram deixadas na árvore. “O clone seria, na verdade, uma cópia fiel de uma planta matriz que nós escolhemos para multiplicar em inúmeras plantas similares. Ou seja, uma replicação do código genético idêntico em uma outra planta. No caso da figueira em si nós precisamos trabalhar além da clonagem, também um processo de rejuvenescimento dos tecidos. Estamos revertendo o estágio de maturidade para o estágio mais juvenil”, explicou o professor de viveiros florestais da Ufla, Gilvano Brondani. O processo tem duas partes. Na primeira, sementes da árvore original foram germinadas. Depois, elas vão ter a parte de cima cortada e um broto original da figueira será enxertado no caule. Ufla participa de projeto para clonar um dos cenários de reunião de Tiradentes Reprodução/EPTV Na segunda etapa, a planta já unida será novamente dividida e cultivada in vitro para o processo de multiplicação das células. Isso vai formar as chamadas gemas, semelhantes a células-tronco. “Uma planta com mais de 230 anos de idade, nós colocaríamos células mais preservadas que nós consideramos mais competentes. Ou seja, células capazes de responder a um determinado estímulo”, falou o professor. Depois de um ano nesse processo, a planta vai ficar parecida com amostras de outras espécies, com a estrutura completa já formada. Depois essas amostras serão retiradas do vidro, que funciona como se fosse o embrião da árvore mãe, para uma sala, onde vão ''aprender'' a respirar e controlar o desenvolvimento sozinhas. Quando a gente retira as plantas do tubo de ensaio, elas vão aprender a se adaptar melhor à área externa. A umidade dentro do tubo de ensaio é muito alta, fora vamos aclimatizar as plantas, é um processo prévio, elas ficarão por 21 dias nesse processo, onde vão aprender a respirar com a umidade do ar que temos na área externa. Após 21 dias, a gente eleva para o viveiro, onde estarão adaptadas e prontas para o desenvolvimento final”, disse Fabíola. Ufla participa de projeto para clonar um dos cenários de reunião de Tiradentes Reprodução/EPTV Ainda segundo os cientistas, depois do canteiro controlado em 90 dias, o clone estará pronto. Dando tudo certo, as plantas clonadas serão doadas para escolas públicas e privadas. Uma delas permanecerá na Ufla. Veja mais notícias da região no g1 Sul de MinasFONTE: G1 Globo
