Exame do IML descarta hipótese de abuso sexual de criança em Ouro Preto
Está descartada a hipótese de violência sexual contra a recém-nascida de seis meses, que morreu no último sábado, na Santa Casa de Ouro Preto, na Serra do Espinhaço. A informação é da delegada Celeida de Freitas Martins, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), que preside as investigações.
“Havia, sim, uma hipótese de abuso sexual contra o bebê, num primeiro momento, mas depois da realização da perícia médico-legal essa hipótese foi afastada. O estufamento da região anal é um fenômeno pós-morte típico, ou seja, comum de acontecer. As investigações prosseguem para apurar as circunstâncias do óbito da criança. No entanto, o abuso sexual está afastado”, diz a delegada.
Os pais da criança, o homem de 29 anos, e a mulher de 21, estão presos, por decisão judicial. Nesta terça-feira, a mãe foi liberada para acompanhar o sepultamento da criança, retornando, em seguida, à delegacia.
O bebê deu entrada no hospital com vários sinais de violência, o que chamou a atenção dos médicos, que chamaram a Polícia Militar. A criança teve uma parada cárdio-respiratória. Os médicos ainda tentaram reanimá-la, durante 30 minutos, numa tentativa que não surtiu efeito.
Com a conclusão e eliminação dos exames da primeira suspeita, a polícia espera, agora, o resultado das marcas encontradas no corpo da menina, pois existe, ainda, a suspeita de que ela tenha sofrido agressões físicas.
Os pais continuam alegando que a criança tinha caído de um sofá, no chão. As feridas, no entanto, em especial as encontradas no rosto do bebê, chamaram a atenção dos médicos. Os machucados eram incompatíveis com uma queda. Eles apontam que os machucados seriam de uma possível agressão.
A mãe afirma que a filha estava com o pai na sala da casa e não presenciou o momento da queda. Já o pai disse que tinha deixado a criança no sofá e foi até a cozinha para pegar alguma coisa para comer e quando retornou a criança estava no chão. Ele chamou a mulher e correram para a Santa Casa.
FONTE: Estado de Minas