Espanha inicia campanha eleitoral com chuva de promessas

07 jul 2023
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Uma herança universal de 20.000 euros (cerca de 106.800 reais na cotação atual) ou transporte gratuito para os jovens, grandes investimentos para combater a falta de água... Os candidatos às eleições legislativas de 23 de julho na Espanha multiplicaram suas promessas nesta sexta-feira (7), primeiro dia oficial da campanha eleitoral.

Durante a apresentação de seu programa em Madri, o presidente do governo, o socialista Pedro Sánchez, pediu o apoio do eleitorado para dar força a uma campanha em que as pesquisas o colocam atrás da direita.

"Nessa disputa precisamos de muito mais apoio", admitiu Sánchez, que pediu "o voto da Espanha rural e urbana", mas também "dos que votaram em outras opções políticas".

O socialista vai tentar seduzir os eleitores que apoiaram o Partido Popular (PP, direita) nas eleições municipais e regionais de 28 de maio, mas que "se sentem envergonhados" pelas alianças que o PP firmou desde então com o partido de extrema direita Vox para governar várias cidades e regiões do país.

Ao mesmo tempo, em Sevilha (sul), o chefe do PP, Alberto Núñez Feijóo, pediu aos eleitores que lhe concedessem a maioria absoluta, para lhe permitir governar "sozinho", sem depender do Vox.

A 16 dias das eleições, convocadas por Sánchez um dia depois da derrota da esquerda em 28 de maio, a direita continua sendo a grande favorita, segundo as pesquisas de opinião.

A esquerda, porém, espera conseguir dar a volta por cima ao estimular uma mobilização do eleitorado moderado, preocupado com a possível chegada da extrema direita ao governo.

Segundo uma pesquisa publicada nesta sexta-feira pelo jornal El País, o avanço do PP teria diminuído e não conseguiria mais a maioria absoluta depois que se aliou com o Vox.

Em busca de apoio, a esquerda multiplicou, nesta sexta-feira, as promessas de estimular a economia e reduzir a desigualdade, em um país ainda marcado por forte precariedade, apesar de registrar um crescimento dinâmico (5,5% em 2022).

Pedro Sánchez prometeu, assim, mensalidades universitárias gratuitas para os alunos que passarem de primeira no vestibular, além de transporte público gratuito até os 24 anos, medida cujo custo não foi especificado.

A líder do "Sumar" - a ministra do Trabalho comunista Yolanda Díaz, agora à frente desta coalizão que reúne 15 partidos da esquerda radical - também detalhou a medida-chave de seu programa: uma ajuda de 20.000 euros (cerca de 21.900 dólares, 106.800 reais na cotação atual), que seria concedido a todos os jovens entre 18 e 23 anos que se candidatassem, sem exigência de renda.


FONTE: Estado de Minas


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