Servidores do Samu denunciam falta e sucateamento de ambulâncias em Poços de Caldas, MG

23 jul 2023
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Segundo os servidores públicos, das oito ambulâncias do Samu, cinco estão estragadas. Sindicato encaminhou ofício para que a prefeitura tome providências. Funcionários do Samu de Poços de Caldas denunciam falta e sucateamento de ambulâncias

Ambulâncias do Samu estragadas na garagem da Prefeitura de Poços de Caldas. O cenário de abandono despertou a atenção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e também dos funcionários do serviço de urgência e emergência. Das oito ambulâncias, cinco estão quebradas.

"Eu oficiei a Prefeitura Municipal de Poços de Caldas pra saber porque que estas ambulâncias estavam paradas e comprometendo a prestação de serviço. Os servidores estão preocupados com esta defasagem. E nós não obtivemos nenhuma resposta da administração. Desde abril, o Sindserv tem insistido em saber o que está acontecendo e esta resposta não chegou", afirmou Marieta Carneiro dos Santos, presidente do Sindserv.

Servidores do Samu denunciam falta e sucateamento de ambulâncias em Poços de Caldas, MG

Reprodução/EPTV

Sem resposta da prefeitura, o sindicato voltou à garagem nesta semana e pode conferir que nada mudou desde os primeiros questionamentos.

Uma pessoa que trabalha no Samu e preferiu não dar entrevista contou à EPTV, afiliada Globo, que das oito ambulâncias do Samu de Poços, cinco estão quebradas. Uma delas há mais de três anos.

Além disso, as três que estão em funcionamento apresentaram problemas recentemente e precisaram ser consertadas. Ainda de acordo com esta pessoa, teve relato que o Samu chegou a trabalhar apenas com uma ambulância.

Servidores do Samu denunciam falta e sucateamento de ambulâncias em Poços de Caldas, MG

Reprodução/EPTV

Nesta semana, nove pessoas ficaram feridas em um acidente entre Poços de Caldas e Bandeira do Sul. Os três veículos do Samu da cidade não foram suficientes para atender a demanda e ambulâncias de cidades vizinhas precisaram ser acionadas.

"Em caso de acidentes mais graves, com maior número de vítimas, nós não teremos a quantidade suficiente para a demanda de Poços de Caldas", afirmou Marieta.

O Samu de Poços de Caldas não pertence ao Cissul, o Consórcio Intermunicipal do Sul de Minas. Ele é gerido pela prefeitura. O secretário de Saúde da cidade reconheceu que as ambulâncias estão estragadas, mas afirmou que isto não tem prejudicado o serviço.

"Sempre que tem uma ambulância estragada, algum veículo está parado necessitando de peça ou de algum conserto, a gente repõe com um serviço terceirizado. É um serviço essencial, nós sabemos da importância e em momento algum faltou ambulância, faltou o serviço para a população", disse Thiago Mariano, secretário de Saúde.

Servidores do Samu denunciam falta e sucateamento de ambulâncias em Poços de Caldas, MG

Reprodução/EPTV

Ainda de acordo com Thiago Mariano, uma empresa terceirizada foi contratada para deixar uma ambulância à disposição do serviço e outras duas estão em processo de compra, junto com duas motolâncias.

O advogado Júlio César Ballerini Filho, especialista na área da saúde, alerta a respeito da contratação de empresas privadas para atuar no Samu.

"Ambulância, ainda mais para esse relevante serviço do Samu, tem que ter uma estrutura médica para dar o apoio de emergência ou urgência lá no local. Tem que ter desfibrilador, balão de oxigênio, tem que ter os elementos mínimos de diagnóstico, tem que ser soro, plasma, tem que ter o essencial básico. Temos que ver se estes veículos disponibilizados se prestam a ter estas funcionalidades médicas", explicou Júlio César.

Servidores do Samu denunciam falta e sucateamento de ambulâncias em Poços de Caldas, MG

Reprodução/EPTV

Ainda de acordo com o advogado, os atendimentos que não puderam ser realizados por falta de equipamentos, os servidores podem registrar boletim de ocorrência.

"Tem sim o direito de se resguardarem da situação e fazerem boletins de ocorrência. No seguinte sentido: 'no dia A eu tive que fazer um atendimento sem condição básica. Estou alertando meu superior de que eu não tenho condição de fazer, fui exposto a risco porque eu fui lá, atendi a pessoa para salvar a vida e não tinha condição mínima de trabalho para fazê-lo. Não queria correr o risco de ser processado por omissão de socorro e atendi a pessoa, mas não quero ser exposto novamente a este tipo de risco'.", finalizou.

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FONTE: G1 Globo


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