Polícia Civil prende um dos irmãos que sonegaram R$ 116 milhões
Já está preso um dos irmãos empresários, que sonegaram cerca de R$ 116 milhões em impostos. O anúncio foi feito no final da manhã desta sexta-feira (4/8), pela delegada Fernanda Fiúza, da 2ª Delegacia de Polícia Civil Sul, no Bairro Jardim América.
Segundo a delegada, o homem preso foi flagrado em casa. O outro irmão está foragido. As buscas e apreensões foram realizadas nos bairros Manacás, na Região da Pampulha, Cidade Nova, na Região Nordeste, e Vila Fazendinha, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
No cumprimento de mandados de busca e apreensão realizados na manhã desta sexta-feira - a operação começou às 5h -, foram apreendidos computadores, notas promissórias, cheques em branco, dinheiro vivo e maconha.
“Por enquanto, já levantamos R$ 800 mil em notas promissórias, R$ 600 mil em cheques e R$ 80 mil em dinheiro, mas tem mais, pois ainda não conseguimos fazer a contagem toda. Estimamos que entre notas, cheques e dinheiro, o valor apreendido seja superior a R$ 2 milhões”, diz a delegada Fiúza.
Os irmãos eram proprietários de uma empresa, Ed Max, que já foi investigada e os irmãos respondem por crime de sonegação. Depois de fechá-la, eles abriram uma nova empresa, a EGE, que tem sede no Ceasa-MG, em Contagem, e com esta seguiram fazendo as mesmas transações. E esta nova empresa é registrada em nome de laranjas, que são o pai e a irmã dos irmãos.
O golpe
Segundo a delegada, as empresas atuavam no mercado de empréstimo de dinheiro, com juros abusivos. E para burlar uma fiscalização e poder sonegar os impostos, faziam transações com dinheiro vivo, uma maneira de disfarçar a fiscalização.
Esse sistema é conhecido como factoring, que é legal, mas para que a empresa possa funcionar, é preciso pagar impostos.
“Eles agiam totalmente fora da lei, com juros muito acima do que é permitido por lei”, explica a delegada.
O irmão que já está preso está sendo indiciado por crime de usura e também agiotagem com lavagem de dinheiro. A pena prevista em caso de condenação é de 12 anos. O flagrante foi viabilizado pelo fato do suspeito, ao ver a chegada da polícia, tentou esconder notas promissórias, cheques e dinheiro.
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As investigações começaram há um ano, quando a Polícia Civil recebeu a primeira denúncia, que veio através do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que é um órgão administrativo brasileiro criado pela Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.
FONTE: Estado de Minas