Governo Lula lança Novo PAC com investimentos de R$ 1,7 trilhão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (11), o lançamento do Novo PAC, um importante programa de obras que prevê investimentos públicos e privados de R$ 1,7 trilhão para o país "voltar a crescer".
"Um país precisa de credibilidade, estabilidade e previsibilidade, e o novo PAC traz um pouco mais desses três ingredientes", disse lula ao apresentar o Novo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), no Rio de Janeiro.
O PAC teve duas versões anteriores, lançadas em 2007 e 2010, durante os dois primeiros mandatos de Lula na Presidência (2003-2010).
O presidente destacou que o programa terá a "participação decisiva do setor privado" e utilizará "toda a capacidade do Estado a serviço dos sonhos" dos brasileiros.
"Hoje começa o meu governo. Até agora o que fizemos foi reparar o que havia desandado", garantiu, em alusão ao governo de seu antecessor, Jair Bolsonaro (2019-2022).
Os resultados dos programas anteriores foram mistos, já que grande parte das obras planejadas tiveram que ser interrompidas por falta de financiamento.
- "Potência sustentável" -
O presidente Lula disse que o respeito ao meio ambiente se mantém como uma de suas maiores prioridades.
"Temos uma grande oportunidade de nos tornarmos a grande potência sustentável do planeta, e o PAC com certeza ajudará nisso. Mais de 80% da capacidade instalada de geração de energia do programa é limpa e sustentável", afirmou.
O governo planeja investir R$ 1,3 trilhão até o final de seu mandato, em 2026, e US$ 83 bilhões (cerca de R$ 402 bilhões na cotação atual) adicionais posteriormente.
Quase um terço dos investimentos anunciados deve vir de parcerias com o setor privado e um quinto, dos fundos de empresas estatais, como a Petrobras.
Uma das prioridades do Novo PAC é retomar obras já iniciadas, mas paralisadas por falta de financiamento.
O maior volume de investimentos é esperado no setor da construção: cerca de US$ 125 bilhões (em torno de R$ 606 bilhões), dos quais mais da metade será destinada ao financiamento de habitação social para o programa Minha Casa Minha Vida, uma das bandeiras dos mandatos anteriores de Lula.
O PAC também investirá em projetos energéticos e de mobilidade urbana, sobretudo rodovias, assim como educação e saúde.
Para que os recursos sejam liberados, o governo depende da aprovação final, pelo Congresso Nacional, do arcabouço fiscal, que substitui o Teto de Gastos, vigente desde 2016.
FONTE: Estado de Minas