Biden viaja para Havaí entre críticas por resposta a incêndios

21 ago 2023
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O presidente dos Estados Unidos Joe Biden, viaja nesta segunda-feira (21) para o Havaí para ver os danos causados pelos incêndios em Maui e se reunir com os sobreviventes, além de responder as críticas de que seu governo demorou tempo demais para reagir à catástrofe.

Biden e a primeira-dama, Jill, viajam quase duas semanas depois que as chamas, potencializadas pelo vento, atingiram a histórica Lahaina, deixando pelo menos 114 mortos. Esse número deve ser maior, já que mais de 1.000 pessoas continuam desaparecidas.

As chamas progrediram tão rapidamente que muitos moradores foram pegos de surpresa. Alguns chegaram a pular no mar para escapar do pior desastre natural da história do estado do Havaí.

Após um voo de helicóptero, Biden anunciará mais fundos de ajuda e a nomeação de um oficial coordenador federal para administrar a resposta à tragédia.

Algumas vozes críticas e a oposição republicana, que enfrentará Biden na eleição presidencial de 2024, afirmam que a ajuda foi insuficiente e mal organizada.

O ex-presidente republicano Donald Trump chamou de "vergonhoso" que seu sucessor não tenha respondido antes. Porta-vozes da Casa Branca alegam que Biden atrasou a viagem para não distrair as autoridades e os socorristas no local.

Biden "experimentará a devastação completa e absoluta que esta cidade sofreu", disse a administradora da Agência Federal para Gestão de Emergências (FEMA, na sigla em inglês), Deanne Criswell, em entrevista à emissora ABC no domingo.

"Também poderá conversar com as pessoas, ouvir suas histórias e transmitir-lhes um sentimento de esperança e a certeza de que o governo federal está com elas", acrescentou.

"Sei que nada pode substituir a perda de vidas. Farei tudo o que estiver a meu alcance para ajudar Maui a se recuperar e a se reconstruir dessa tragédia", prometeu Biden, que está de férias em Nevada, em um comunicado.

- Uma lenta agonia -

Segundo Criswell, mais de 1.000 agentes federais já estão no Havaí, e nenhum deles será transferido para o sudoeste dos Estados Unidos, que enfrenta os efeitos da tempestade tropical Hilary.

Os moradores de Maui reclamam que a busca dos desaparecidos e a identificação dos corpos têm sido angustiosamente lentas.

No domingo (20), o governador do Havaí, Josh Green, declarou que mais de 1.000 pessoas continuam desaparecidas e que, entre elas, há provavelmente muitas crianças. Embora as equipes de busca tenham coberto 85% da área de busca, os 15% restantes podem levar semanas, disse Green à rede CBS.

O calor extremo do incêndio pode impossibilitar a recuperação de alguns restos mortais.

Criswell reconheceu que o processo pode ser lento, mas disse que o governo federal enviou especialistas do FBI (a Polícia Federal americana), do Departamento da Defesa e do Departamento de Saúde e Serviços Humanos para ajudar no processo de identificação.

Visitas presidenciais a áreas de grandes desastres podem trazer riscos, apesar de serem praticamente obrigatórias do ponto de vista político.

Quando o presidente George W. Bush viajou para a Louisiana em 2005 após a devastação do furacão Katrina, seus oponentes aproveitaram uma foto dele olhando pela janela do Air Force One (o avião presidencial), enquanto sobrevoava Nova Orleans, para expor o que denunciaram como ausência de empatia de sua visita.

E Donald Trump foi considerado arrogante e insensível, quando jogou rolos de papel higiênico em uma multidão em Porto Rico em 2017, após a passagem de um furacão.


FONTE: Estado de Minas


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