Artistas venezuelanos ‘levitam’ na Praça Sete, em BH

08 set 2023
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Na Praça Sete, coração de Belo Horizonte, uma dupla de artistas tem chamado a atenção de quem passa pelo local. Em uma apresentação de ilusionismo, um deles parece levitar sobre a cabeça do outro, apoiado apenas em uma haste de bambu. Eles são uma dupla de artistas de rua venezuelanos, radicados no Brasil há seis anos. Yolman Millan, de 44 anos, e Misael La Cruz, de 20, percorrem as capitais brasileiras levando, segundo eles, "arte e alegria para o povo" e também "um pouco de mistério".

O segredo do truque eles não revelam de maneira alguma, "para não perder a magia", afirma Yolman, formado em artes cênicas e musicais e que em seu país de origem trabalhava como artista de circo, fazendo mágicas, apresentações de fantoches e ilusionismo. Para garantir que ninguém descubra o segredo da levitação, eles preparam a apresentação embaixo de uma lona preta. Tudo para manter o mistério e despertar a curiosidade dos pedestres, que contribuem com a quantia que puder para a caixinha da dupla.

"Brasil foi o país que mais nos acolheu. Aqui, a gente conseguiu viver um pouco melhor do que lá na Venezuela", conta Yolman, que tem residência fixa na capital paulista, onde vive sua família e também a do amigo. Eles estão há 10 dias em Belo Horizonte.

Da Amazônia para BH

 

Yolman conta que deixou a Venezuela para fugir da crise econômica e que foi muito bem acolhido no Brasil. Até a pandemia, ele e seu amigo Misael, também artista circense, moravam na Amazônia, onde trabalhavam em um projeto de circo nas escolas. "Mas veio a pandemia e ficamos sem trabalho. Aí, passamos a fazer essa apresentação percorrendo o Brasil", explica.

Segundo o artista, os recursos arrecadados com a apresentação são suficientes para "sobreviver e pagar as contas". "Não dá para comprar uma casa, mas dá para viver, pois os mineiros são muito simpáticos", conta Yolman, que já percorreu seis estados. Ele só tem uma reclamação a fazer: "Eu só não consigo entender direito o povo mineiro, vocês falam meio rápido e um pouco embolado".


FONTE: Estado de Minas

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