Ruptura de Chitãozinho & Xororó com a gravadora Copacabana vem à tona em série sobre a dupla sertaneja

08 set 2023
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Sexto episódio de 'As aventuras de José & Durval' expõe o desentendimento dos irmãos com a companhia fonográfica na segunda metade dos anos 1980 por questões financeiras. ♪ MEMÓRIA – Disponível no Globoplay a partir desta sexta-feira, 8 de setembro, o sexto episódio da série baseada na vida de Chitãozinho & Xororó, As aventuras de José & Durval, traz à tona a ruptura da dupla com a gravadora Copacabana na segunda metade da década de 1980.

Importante gravadora nacional que atuou no mercado fonográfico brasileiro ao longo de 50 anos, em período que foi de 1948 a 1998, a Copacabana foi a porta de entrada de Chitãozinho & Xororó para o sucesso.

Pela companhia fonográfica fundada no Rio de Janeiro (RJ), mas logo transferida para São Bernardo do Campo (SP), a dupla sertaneja de origem paranaense gravou e lançou 12 álbuns entre 1970 e 1988, em trajetória que ganhou impulso a partir de 1979 com a edição do LP 60 dias apaixonado.

Na longa associação com a Copacabana, a dupla atingiu picos de vendas com álbuns como Somos apaixonados (1982) – disco em que os irmãos apresentaram o estrondoso sucesso Fio de cabelo, música composta por Darci Rossi (1947 – 2017) em parceria com Marciano (1945 – 2019) – e Meu disfarce (1987), LP que emplacou a música-título e também Fogão de lenha (Maurício Duboc, Carlos Colla e Xororó, 1987).

A ascensão de Chitãozinho & Xororó coincide com o período áureo da Copacabana nos anos 1970 e 1980. Contudo, terminou mal a bem-sucedida passagem da dupla pela gravadora comandada por Adiel Macedo de Carvalho.

Desentendimentos entre os artistas e os executivos da companhia sobre o percentual de royalties sobre vendas de discos – com o sucesso, a dupla reivindicou o prometido (mas nunca concretizado) aumento de 6% para 8% – e questionamentos sobre a real quantidade de LPs vendidos levaram Chitãozinho & Xororó a encerrar o vínculo contratual da dupla com a Copacabana.

Na série As aventuras de José & Durval, a ruptura é mostrada na cena do sexto episódio em que José Lima Sobrinho, o Chitãozinho, e Durval Lima, o Xororó – interpretados de forma extremamente convincente pelos atores e irmãos Rodrigo Simas e Felipe Simas, respectivamente – saem literalmente batendo a porta da gravadora após discussão com executivo da Copacabana, representado no roteiro por personagem fictício chamado Oswaldo.

E o que pareceu ter sido final infeliz foi somente o trampolim para que a dupla alcançasse outro patamar no universo sertanejo e ampliasse (ainda mais) a visibilidade com a entrada de Chitãozinho & Xororó, a partir de 1989, na gravadora multinacional então denominada PolyGram. Mas isso é assunto para o próximo episódio da série As aventuras de José & Durval...


FONTE: G1 Globo


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