Irã confirma detenção de sueco que ‘cometeu crimes’
O Irã confirmou nesta terça-feira (12) a detenção de um sueco, diplomata da União Europeia (UE), mas que se encontrava em visita turística, por ter "cometido crimes" durante sua estada, disse um porta-voz judicial citado pela agência de notícias Mizan Online.
"Este cidadão sueco cometeu crimes no território da República Islâmica do Irã", declarou o porta-voz Massoud Setayeshi, referindo-se às "investigações preliminares" com base nas quais "foi enviado para a prisão".
"A investigação foi concluída e, nos próximos dias, seu caso será enviado para o tribunal competente" para que "a Promotoria" tome uma "decisão, acrescentou, respondendo à pergunta de um jornalista durante entrevista coletiva em Teerã.
Esta foi a primeira reação iraniana ao anúncio da Suécia e da União Europeia, no início de setembro, sobre a detenção de Johan Floderus, de 33 anos, em 17 de abril de 2022 no aeroporto de Teerã, segundo o jornal americano The New York Times.
A Suécia pediu ao Irã que liberte seu cidadão detido "arbitrariamente", e sua família lançou uma campanha nas redes sociais para sua libertação.
O porta-voz iraniano não especificou quais "crimes" o jovem teria cometido durante a estada turística no país.
Johan Floderus, que trabalha em Bruxelas para a delegação da UE no Afeganistão desde setembro de 2021, está detido na prisão de Evin, em Teerã.
Em julho de 2022, o Irã anunciou a detenção de um sueco acusado de espionagem. O contexto é de tensão nas relações entre Teerã e Estocolmo, desde o julgamento de um iraniano na Suécia, condenado à prisão perpétua por seu papel nas execuções em massa de milhares de opositores, por parte do governo iraniano, em 1988.
Vários países ocidentais denunciam o que chamam de "diplomacia de reféns" do Irã, que consiste em deter ocidentais para obter concessões, como a libertação de iranianos.
FONTE: Estado de Minas