Famílias buscam jovens desaparecidos há 2 meses: ‘Só queremos o corpo’

23 set 2023
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Os desaparecimentos de Walter Pedro da Silva, de 20 anos, e do colega dele, Rodrigo Dazini Rodrigues, de 18, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, estão há pouco mais de dois meses sem respostas das autoridades policiais, que investigam o caso. As famílias dos jovens suspeitam que eles tenham sido assassinados, mas alegam não saber o que poderia ter motivado as supostas execuções.
 
Walter Pedro, também conhecido como “Zal”, teria saído do Bairro Araújo, na Zona Norte da cidade, em 14 de julho, para fazer um serviço em um imóvel no Bairro Bela Aurora, na Zona Sul, quando desapareceu. Padrasto da namorada de Walter, o eletricista Ronaldo Moreira de Souza, de 44 anos, foi quem recebeu o rapaz naquele dia na casa. 
 
“Ele veio me ajudar a fazer uma limpeza na casa da minha sogra para liberar espaço, pois estavam pra chegar materiais de uma obra que eu estava pra começar lá. Depois, meu sobrinho, o Rodrigo, chegou e o Zal saiu com ele, mas não sei o que eles tinham ido fazer. Depois disso, os dois sumiram”, conta.
Fabiana Cristina, de 34 anos, diz ter ficado sabendo que o irmão, Walter, e Rodrigo foram até uma localidade no bairro conhecida como “Chatuba” para comprar maconha. 
 
“O Ronaldo pediu meu irmão para subir o morro com o Rodrigo para pegar a droga com outro sobrinho dele. Depois disso, não sei o que aconteceu. Estamos recebendo muitas informações falsas do local onde ele estaria enterrado. Aí, a gente vai lá e não acha nada. Isso aumenta muito o sofrimento da família. Queremos pelo menos o corpo para dar a ele um enterro digno”, conta Fabiana. 
 
Ronaldo, por outro lado, nega que tenha pedido aos jovens para pegar maconha na Chatuba. Neste sentido, a ex-namorada de Walter, Nayara Kellen, de 27 anos, disse ter ficado sabendo que o companheiro dela e Rodrigo, na verdade, foram ao local pegar R$ 20 emprestados com o outro sobrinho do padrasto, para passagens de ônibus. 
Também em contato com a reportagem, a mãe de Rodrigo, a dona de casa Luciana Dazini, de 38 anos, confirma que o filho foi ao Bairro Araújo fazer o serviço mencionado por Ronaldo e admite que o jovem fazia uso de substâncias entorpecentes. “Eu sei que meu filho usava drogas, mas não sei se ele vendia ou tinha algum inimigo. Chorei muito quando ele sumiu. Só queria encontrá-lo com vida, mas já tem muito tempo. Então, acho que mataram ele”, disse. 
 
Em nota à reportagem, a Polícia Civil não nega nem confirma as suspeitas de execução que a família tem, mas confirma que o caso está sendo apurado pelo delegado Luciano Vidal em Juiz de Fora. Neste sentido, a instituição diz que está “ouvindo diversas pessoas e adotando outras medidas de apuração”. “Neste momento, não iremos passar mais informações para não atrapalhar as investigações”, finaliza. 

FONTE: Estado de Minas

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