Kosovo declara luto nacional após morte em conflitos no norte
O Kosovo vive um dia de luto nacional nesta segunda-feira (25) após um fim de semana de confrontos em um mosteiro, onde homens armados se abrigaram depois de uma emboscada contra uma patrulha policial que matou um oficial.
O primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, informou que o mosteiro foi recuperado mas que "a operação policial no norte continua".
Localizado nos arredores da cidade de Banjska, a área ao redor do mosteiro permanece isolada, segundo um jornalista da AFP.
O governo do Kosovo declarou luto nacional em homenagem ao policial assassinado e responsabilizou a Sérvia pelo incidente - uma acusação desmentida por Belgrado.
A Sérvia se recusa a reconhecer a independência desta antiga província, cuja população de 1,8 milhão de habitantes, de maioria albanesa, inclui uma comunidade de origem sérvia.
"Muitas coisas serão resolvidas com a investigação", indicou Kurti ao emissário do governo alemão para os Bálcãs Ocidentais, Manuel Sarrazin, em uma reunião nesta segunda-feira.
O ministro do Interior do Kosovo, Xhelal Svecla, informou que as autoridades apreenderam uma "quantidade excepcionalmente grande de armas pesadas", explosivos, uniformes, suprimentos alimentícios e equipamentos.
No entanto, ainda existem dúvidas sobre o conflito depois que as autoridades prenderam alguns suspeitos durante a operação.
No domingo (24), Kurt relatou que havia pelo menos 30 homens armados e uniformizados entrincheirados no mosteiro.
Na Sérvia, a imprensa noticiou os incidentes com ceticismo e muitos veículos citaram a declaração do presidente sérvio, Aleksandar Vucic, que no domingo à noite desmentiu qualquer envolvimento nos combates e responsabilizou o governo do Kosovo.
A Rússia expressou nesta segunda sua preocupação pela situação e demonstrou apoio à Sérvia.
A morte do policial e o confronto aumentaram as tensões no Kosovo, depois de meses de atrito entre o governo de Pristina e as autoridades sérvias.
O conflito ocorreu mais de uma semana depois que um novo ciclo de diálogos, sob mediação da União Europeia (UE), terminou sem progressos.
FONTE: Estado de Minas