Show de Tim Bernardes com orquestra é notícia quase redundante, pois artista já soa como uma sinfônica em cena
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♪ OPINIÃO – Quando lançou o primeiro álbum solo há seis anos, Recomeçar (2017), Tim Bernardes soou como um homem-orquestra hábil na regência de sublime sinfonia sobre a dor de amor. A impressão se confirmou no show inspirado pelo disco.
No ano passado, ao estrear o show do segundo álbum solo, Mil coisas invisíveis (2022), o artista – cantor, compositor e músico polivalente – novamente se apresentou no palco sozinho, como homem-orquestra, se alternando solitariamente entre a guitarra, o violão (às vezes usado como instrumento percussivo) e o piano. Músicas como Talvez (2017) e Falta (2022) pareceram até pequenas peças sinfônicas quando executadas ao piano. Por isso mesmo, soa quase redundante e sem novidade a notícia de que Tim Bernardes apresentará show inédito com “pequena orquestra”, Raro momento infinito, em duas sessões agendadas para às 19h30m e às 21h30m de 15 de dezembro, no Theatro Municipal de São Paulo, palco nobre da cidade natal do artista paulistano. O texto promocional do show Raro momento infinito – cujas vendas serão abertas na segunda-feira, 9 de outubro – argumenta que, na companhia de uma orquestra, Bernardes poderá explorar as “diversas camadas” do trabalho do artista. Ok, é claro que a presença de uma orquestra em cena é sempre imponente e vai contribuir para que a exposição da música do compositor ganhe nuances no show Raro momento infinito. Ainda assim, cabe a pergunta: será que Tim Bernardes, o homem-orquestra, precisa mesmo fazer show com “pequena orquestra” para exibir exuberância que já salta aos ouvidos quando o artista se apresenta sozinho em cena?...FONTE: G1 Globo