Polícia confirma que corpo encontrado é de motorista

09 out 2023
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Após quase um mês do desaparecimento da motorista de aplicativo Sheilla Angelis de Almeida, no dia 9 de setembro, finalmente o paradeiro da mulher foi esclarecido. Conforme informações divulgadas ontem à tarde pela Polícia Civil, o corpo encontrado na cidade de Itapecerica, no Centro-Oeste de Minas, é da motorista de 36 anos. O corpo havia sido encontrado no último dia 27, mas aguardava a identificação.
 
A mulher foi assassinada brutalmente após aceitar uma corrida fora do aplicativo de transporte de passageiros. Ao ser abordada em um assalto, reagiu e acabou morta.
Em nota, a PC confirmou que a identificação foi realizada por meio de um exame de odontologia no Instituto Médico-Legal André Roquette, em Belo Horizonte.
 
Sheilla desapareceu após fazer uma corrida em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. O último contato com amigos ocorreu por volta das 18h30 de 9 de setembro, por meio de um aplicativo de mensagens. Desde então, foi instaurado um inquérito pela Polícia Civil, com regime de prioridade, para tentar localizá-la.
 
A última viagem de Sheilla registrada em um aplicativo de transporte de passageiros foi para fazer uma corrida saindo do bairro Campina Verde, em Divinópolis, até um supermercado na rua Rio de Janeiro, no bairro Ipiranga.
 
Suspeito de envolvimento no sumiço de Sheilla, Rafael Monteiro, de 36 anos, confessou ter matado a motorista, conforme informou a PCMG no último dia 4 de outubro. O homem foi preso no dia 1º de outubro.
 
Amigos da motorista e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) encontraram, no mesmo dia, o aparelho celular dela em um matagal no bairro Paraíso, na mesma cidade. 
 
Desde então, a polícia identificou que o suspeito tentou efetuar compras com o cartão de crédito da motorista em um estabelecimento na cidade de São João del-Rei, no Campo das Vertentes.
O carro dela, um Fiat Argo, também passou por Juiz de Fora, na Zona da Mata, e depois houve outra tentativa de compra com o cartão no Rio de Janeiro.
 
Na última mensagem no celular, ela informou que havia recebido uma ligação e negociado uma corrida particular, fora do aplicativo, para pegar um passageiro na Praça do Santuário e levar até o bairro Terra Azul. Desde então, colegas de profissão não tiveram mais contato com Sheilla.
Assalto brutal
Segundo as investigações, Sheilla foi morta brutalmente após reagir a um assalto, conforme relatou o delegado Weslley Castro. Ao pedir uma corrida fora do aplicativo, ela foi rendida por um homem com uma faca. Ela reagiu e o suspeito tentou asfixiá-la. Ela novamente desvencilhou-se, mas acabou recebendo golpes de telha na cabeça por várias vezes. Mesmo ferida, Sheilla tentou escapar, mas o criminoso a enforcou com uma corda até ela desmaiar. A mesma corda foi utilizada para amarrá-la. Em seguida, ela foi colocada no porta-malas do veículo e ainda a golpeou com faca por mais quatro vezes.
 
O corpo foi encontrado na comunidade rural de Trindade, em Marilândia, distrito de Itapecerica, no dia 27 de setembro.
 
Em depoimento, Rafael Monteiro disse que o crime foi encomendado por uma terceira pessoa, sem revelar nomes. Ele informou que ficou com cerca de R$ 3 mil que eram de Sheilla, além do carro.
A polícia também investiga o envolvimento de Leticia Oliveira, namorada do suspeito. Ela informou aos investigadores que não teve participação no crime e que ficou sabendo do ocorrido somente quando o corpo foi ocultado. Ela teria pedido ao namorado que se entregasse, mas ele negou. Letícia teria dito que entregaria ocompanheiro à polícia, o que teria gerado ameaças por parte do homem.
 
De acordo com a PCMG, Letícia não estava com o namorado no momento do assassinato. Após matar Sheila, ele foi até a região do bairro São João de Deus. Letícia solicitou corrida de aplicativo para encontrá-lo.
 
Ela levou três malas e também dois gatos, que foram apreendidos no Rio de Janeiro. Ao motorista do aplicativo, ela revelou que estava de mudança para a capital carioca. Lá, o casal estabeleceu residência. Ela trabalhava em um shopping em Botafogo e Renato estava empregado em uma loja de açaí.
 
 

FONTE: Estado de Minas

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