Maduro acusa Israel de ‘genocídio’ em Gaza
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou Israel de cometer um "genocídio contra o povo palestino" em resposta ao anúncio israelense de um "cerco total" à Faixa de Gaza, que provocou preocupação no secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
"O secretário-geral da ONU emitiu um comunicado que lemos atentamente, um alerta, um sinal de alarme sobre o genocídio que começou contra o povo palestino em Gaza", disse Maduro na televisão estatal.
"Já vimos massacres, massacres brutais, contra o povo palestino no passado", acrescentou o presidente venezuelano. "Por 75 anos, o povo palestino foi submetido ao que hoje é considerado um novo apartheid".
Anteriormente, Guterres condenou mais uma vez os "ataques abjetos" lançados pelo Hamas e reconheceu as "preocupações legítimas de Israel com sua segurança", mas pediu às autoridades israelenses que respeitem o "direito internacional humanitário".
"Exigimos um cessar-fogo, exigimos o respeito às decisões das Nações Unidas, exigimos o respeito aos direitos dos povos e exigimos o início imediato de negociações de paz para restaurar os direitos históricos à independência, ao território, à paz do povo palestino. Eu defendo o povo palestino, defendo a paz", afirmou Maduro.
O Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel no sábado, que foi comparado pelo país a ataques nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001.
"Estão manipulando imagens com as quais não concordamos, não concordamos com algumas imagens dos eventos violentos que ocorreram, mas é preciso entender de onde vem tudo isso: o cerco permanente a Gaza; o bombardeio permanente de Gaza; o apartheid permanente em Gaza", disse Maduro.
Seu antecessor no poder, o falecido Hugo Chávez, também acusou Israel em 2009 de um "genocídio" em Gaza após uma ofensiva israelense no final de 2008.
FONTE: Estado de Minas