Caso Rafaela Drumond: Ministério Público vê omissão de delegado investigado em caso de escrivã encontrada morta

18 out 2023
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Caso que investiga Itamar Cláudio Netto, colega de trabalho da policial, foi enviado ao Juizado Especial Criminal de Carandaí. MP também concordou com decisão de não dar continuidade a inquérito que apurava crime de injúria cometido por investigador. Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil que morreu em Antônio Carlos

Reprodução/Redes Sociais

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) analisou o inquérito da Polícia Civil e propôs ação de transação penal contra o delegado Itamar Cláudio Netto, que trabalhava com a escrivã Rafaela Drumond, em Carandaí, no Campo das Vertentes.

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A policial foi encontrada morta em Antônio Carlos, na casa dos pais, no dia 9 de junho, após denunciar episódios de assédio sofrido no ambiente de trabalho. O caso foi registrado como suicídio.

Conforme o Ministério Público, ficou caracterizado crime de condescendência criminosa por Itamar, pela omissão na adoção de providências disciplinares contra os envolvidos na discussão ocorrida no interior da unidade policial antes da morte de escrivã.

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Dias após a morte dela, um vídeo gravado pela própria policial mostra xingamentos dirigidos a ela dentro da delegacia. Veja abaixo:

Vídeo mostra escrivã da Polícia Civil durante discussão em Carandaí

O caso foi enviado ao Juizado Especial Criminal de Carandaí para agendamento de audiência preliminar, visando eventual transação penal contra o delegado. Ainda não há informações sobre data da audiência.

Investigador não responderá por injúria

O Ministério Público também acatou a decisão da Polícia Civil de não dar continuidade ao processo contra o investigador Celso Trindade de Andrade, acusado de injúria.

Isto porque, segundo o inquérito, os episódios envolvendo Celso e Rafaela aconteceram entre o final de 2022 e o início de 2023, ultrapassando, assim, o prazo previsto para entrada no processo – que é seis meses da data do fato em casos de crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria). Neste caso, as ofensas proferidas sofreram o efeito da decadência.

Durante as investigações, tanto o delegado quanto o investigador foram transferidos para Conselheiro Lafaiete.

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FONTE: G1 Globo

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