Bayern não irá suspender Mazraoui por mensagens sobre conflito entre Israel e Hamas
O lateral-direito marroquino Noussair Mazraoui não será suspenso pelo Bayern de Munique por suas mensagens nas redes sociais sobre o conflito entre Israel e Hamas, anunciou o clube alemão nesta sexta-feira (20).
Depois do ataque surpresa do Hamas a Israel no dia 7 de outubro, que desatou uma guerra com milhares de mortos, Mazraoui publicou várias mensagens pró-palestinos, nas quais confiava na "vitória" dos "irmãos oprimidos na Palestina".
Em um comunicado, o Bayern informou que teve "uma conversa detalhada e esclarecedora" com o jogador devido às suas publicações no Instagram, "que geraram irritação e críticas".
Mazraoui "garantiu com credibilidade que rechaça o terrorismo e a guerra" e "nunca quis causar qualquer irritação com suas postagens", declarou Jan-Christian Dreesen, diretor geral do clube alemão.
"Eu condeno o terrorismo e as organizações terroristas", acrescentou Mazraoui, citado na nota.
O jogador foi reintegrado ao elenco do Bayern depois de servir à seleção marroquina, mas não está à disposição do técnico Thomas Tuchel devido a uma lesão.
"Estou muito feliz com o posicionamento do clube, eu apoio 100%, inclusive no plano pessoal", declarou Tuchel nesta sexta-feira.
"O vestiário está longe das diferenças religiosas e culturais, é sempre um lugar onde se pode trabalhar pacificamente por um objetivo comum", acrescentou o treinador.
Adversário do Bayern no sábado, o Mainz suspendeu por tempo indeterminado o atacante holandês Anwar El Ghazi, por declarações "inaceitáveis" nas redes sociais sobre o conflito.
Pelo menos 1.400 pessoas morreram em Israel, a maioria civis assassinados no dia 7 de outubro, dia do ataque do Hamas, que também sequestrou cerca de 200 pessoas, segundo o governo israelense.
O Exército de Israel também informou que matou 1.500 combatentes do movimento islamita palestino infiltrados em seu território.
Os ataques israelenses em represália na Faixa de Gaza deixaram pelo menos 4.137 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades do enclave, governado pelo Hamas.
FONTE: Estado de Minas