Reunião preparatória da COP28 sobre fundo de compensação climática termina em fracasso

21 out 2023
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Uma reunião importante no Egito sobre o mecanismo de compensação por perdas e danos, antes da COP28 em Dubai, o grande encontro de cúpula anual do clima, terminou em fracasso, afirmaram diversas fontes neste sábado (21).

No ano passado, durante a COP27 de Sharm el-Sheikh (Egito), os países participantes concordaram em criar um mecanismo para compensar as "perdas e danos" sofridos pelas nações em desenvolvimento e vulneráveis, que historicamente têm uma responsabilidade menor na mudança climática.

Mas todo o sistema deveria ser definido antes da COP28 de Dubai, que acontecerá de 30 de novembro a 12 de dezembro: o funcionamento exato do mecanismo, os valores, os países beneficiários e os contribuintes, grupo no qual os países ocidentais desejavam incluir a China.

Um comitê de transição, responsável por examinar as questões, se reuniu até a madrugada deste sábado em Aswan, na região sul do Egito.

Os delegados constataram a impossibilidade de alcançar um acordo e adiaram a questão para outra reunião, prevista para acontecer de 3 a 5 de novembro em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, segundo a transmissão dos debates, disponível em uma conta oficial da ONU no YouTube.

O presidente da COP28, o executivo do setor de petróleo Sultan Ahmed Al Jaber, pediu aos negociadores que alcancem um acordo antes da COP28 de Dubai, organizada pelas Nações Unidas.

"Eu saúdo a decisão do comitê de transição de continuar as discussões sobre o Fundo de Perdas e Danos em Abu Dhabi, mas é essencial que um consenso seja alcançado e que apresente recomendações claras antes da COP28", afirmou o presidente da empresa nacional de combustíveis dos Emirados Árabes Unidos, ADNOC, em um comunicado.

"Acredito que todas as questões podem ser resolvidas", acrescentou, antes de pedir ao comitê "recomendações claras, limpas e fortes antes da COP28 para operacionalizar o Fundo de Perdas e Danos e os mecanismos de financiamento".

Antes da confirmação do fracasso, as negociações esbarraram em um obstáculo: a arquitetura institucional do futuro fundo.

Uma opção era o Banco Mundial, acusado de estar sob controle das potências ocidentais, e outra seria criar uma nova estrutura independente, algo exigido por vários países em desenvolvimento, mas que exigiria mais tempo para a instalação e para receber financiamento.

O fracasso "mostra claramente o profundo fosso que existe entre os países ricos e os países pobres", afirmou Harjeet Singh, da ONG 'Climate Action Network', que acompanhou os debates.

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FONTE: Estado de Minas


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