Senador dos EUA Bob Menéndez se declara inocente de ser agente do Egito
O poderoso senador democrata de origem cubana Robert Menéndez declarou-se inocente de uma nova acusação de conspirar para atuar como agente externo para o governo do Egito nesta segunda-feira (23), segundo fontes judiciais.
Indiciado por três acusações de corrupção e tráfico de influência em benefício do Egito, juntamente com sua esposa, Nadine, e outros três empresários, Menéndez se declarou inocente. Em 12 de outubro, também foi acusado de atuar como agente dessa potência do Oriente Médio.
Segundo a ata de acusação assinada pelo promotor federal de Nova York, Damiam Williams, também foram indiciados sua esposa e um dos supostos cúmplices, o empresário Wael Hana - que se declararam inocentes na semana passada dessa nova acusação no tribunal federal do sul de Manhattan que instrui a causa.
Após a apresentação das novas acusações, Menéndez emitiu um comunicado no qual afirmava: "Durante toda minha vida, fui leal a um só país: Estados Unidos da América, a terra que minha família escolheu para viver em democracia e liberdade".
O senador democrata renunciou temporariamente ao cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado americano após o anúncio da primeira acusação, mas até agora descartou renunciar ao seu assento de senador em um Senado onde o Partido Democrata possui uma pequena maioria.
Menéndez é acusado de ter "utilizado seu poder e sua influência" em benefício de seus supostos cúmplices e do governo egípcio em troca de centenas de milhares de dólares.
Segundo a promotoria, na casa dos Menéndez em Nova Jersey, foram encontrados cerca de meio milhão de dólares (pouco mais de R$ 2,5 milhões) em dinheiro vivo, lingotes de ouro, um carro de luxo e outros elementos "que fizeram parte da fraude".
A nova acusação alega que, de 2018 a 2022, Hana, Menéndez e sua esposa "conspiraram, confabularam e acordaram juntos e entre si para que um funcionário público atuasse como agente de um mandante estrangeiro, a saber, o governo do Egito e funcionários egípcios".
FONTE: Estado de Minas