Juíza volta a impor ordem de silêncio a Trump em julgamento por eleições de 2020

30 out 2023
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A juíza federal do processo contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por suposta conspiração para tentar anular o resultado das eleições que perdeu em 2020 restabeleceu as restrições a qualquer comentário público das partes dirigido aos promotores, funcionários do tribunal e testemunhas.

Tanya Chutkan, magistrada responsável pelo julgamento, cujo início está previsto para 4 de março em Washington, havia proferido essa ordem de silêncio, que afeta tanto a acusação quanto a defesa, em 16 de outubro. No entanto, a suspendeu em 20 de outubro após um recurso dos advogados de Trump, dando às partes até 28 de outubro para apresentar seus argumentos.

Em sua decisão de restabelecer essas restrições, publicada no domingo à noite, ela citou um comentário efetuado após a suspensão e publicado pelo acusado em sua própria rede social - Truth Social - em 24 de outubro, sobre seu último chefe de gabinete, Mark Meadows.

Nesse comentário, o ex-presidente republicano (2017-2021) mencionou a possibilidade de que Meadows testemunhou contra ele em troca de uma oferta de imunidade por parte do promotor especial Jack Smith, o que qualificou de um comportamento digno de "fracos e covardes".

"Não acredito que Mark Meadows seja um deles, mas quem sabe?", concluiu.

Esse tipo de ataque a uma potencial testemunha entraria, sem dúvidas, na proibição, disse a juíza. Nesta segunda, Trump, favorito nas primárias republicanas com vistas às eleições de 2024, reagiu em sua rede acusando a juíza de "odiá-lo" e de não conseguir lhe dar um julgamento justo.

Em setembro, a juíza Chutkan rejeitou um pedido dos advogados do ex-presidente para que se recusasse, reafirmando sua imparcialidade.

Segundo a sentença, Trump volta a ficar proibido de qualificar Smith de "louco" e seus colegas de "valentões". Porém, o magnata poderá seguir atacando seu sucessor democrata, Joe Biden, chamado sistematicamente de "sem vergonha", ou acusar sua administração de utilizar a Justiça para eliminá-lo da corrida pela Casa Branca em 2024.


FONTE: Estado de Minas


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