Estagnação nas pesquisas e agressividade de Kalil geram atritos entre petistas

23 ago 2022
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A candidatura de Alexandre Kalil ao governo de Minas não cresce nas pesquisas e o apoio partidário começa a diminuir internamente, dizem fontes ligadas aos partidos apoiadores. A base do PSD, que já estava em minoria com o ex-prefeito desde que ele assumiu a aliança com os petistas, sequer comparece aos eventos de campanha. Agora, a insatisfação também está ganhando corpo entre membros do PT que têm coordenado as agendas do candidato.

Desentendimentos

Os desentendimentos com a equipe de campanha, que já está na terceira formação desde que o nome de Kalil foi escolhido para ser candidato, é um ponto de atenção que tem gerado dor de cabeça na estrutura interna.

Além do pouco conhecimento do interior de Minas, tanto de Kalil como da equipe de campanha trazida do Rio Grande do Sul, a falta de conteúdo e a personalidade considerada bastante difícil do político belo-horizontino, têm sido apontadas como principais fatores da estagnação de Kalil nas pesquisas.

Ponto de Ruptura

Uma desconfiança mútua também estaria sendo outro ponto de ruptura. O encontro de Lula com a cúpula do partido Avante, antes de estar com Kalil, em BH, na última terça-feira, acendeu a luz de alerta no núcleo petistas mais próximo. Fontes dizem que Kalil pode ser colocado em segundo plano para que o foco seja totalmente voltado à candidatura de Lula em Minas, estado considerado chave para as pretensões nacionais do partido. O sentimento que começa a tomar conta é de que não há mais o que ser feito para que a candidatura de Kalil ao governo de Minas tenha êxito. Com o baixo apelo no interior, mesmo após três meses de atrelamento ao nome de Lula, sem surtir efeito, é consenso entre os petistas que o candidato ao governo mineiro da coligação traria  mais problemas do que vantagens eleitorais para o ex-presidente em Minas.

O ataque de Kalil ao governador Romeu Zema, do Novo, com palavras ofensivas no comício conjunto da última quinta-feira, não teria sido bem recebido pelo próprio Lula. Segundo fontes da campanha, a palavra “Luzema” foi proibida por Kalil de ser dita por assessores mais próximos. “A sensação já é de cada um por si. O foco é mesmo na eleição do presidente Lula”, disse uma fonte petista ouvida pela coluna.



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