Estagnado nas pesquisas, Kalil se arrepende de aliança com PT
Alerta vermelho na direção do PT: Rejeição de Kalil está “colando” também em Lula
O sentimento é de arrependimento mútuo na relação entre o candidato Alexandre Kalil (PSD) e aliados petistas. Tanto de um lado como do outro, as rusgas são visíveis. As constantes críticas de Kalil ao ex-governador Fernando Pimentel (PT) pioraram o clima, que já estava ruim à medida que a campanha patina nas pesquisas. Falas ofensivas de petistas contra Kalil foram registradas, inclusive, na imprensa. Nos bastidores, pessoas próximas ao ex-prefeito também já teriam assumido que a aliança com o PT foi um erro de estratégia.
Em sabatina na rádio CBN, na última semana, Kalil menosprezou mais uma vez as lideranças petistas mineiras, citando a aliança apenas com o presidenciável do partido. Também descartou a presença de Pimentel numa eventual administração conjunta no Governo de Minas. Em Uberaba, Kalil já havia ofendido uma jornalista, quando foi perguntado sobre o papel de Pimentel em sua equipe.
Do lado petista já há a certeza, revelada em pesquisas internas, que Alexandre Kalil tem mais atrapalhado do que ajudado a candidatura de Lula em Minas, colégio eleitoral decisivo para a eleição nacional. O crescimento do presidente Bolsonaro no estado acendeu o alerta vermelho na direção do PT, pois a rejeição de Kalil está “colando” também em Lula. Kalil também tem se mostrado impaciente, afirmando que o acordo com o PT não surtiu o efeito imaginado. Ao contrário, segundo a pesquisa mais recente do instituto Genial/Quaest, divulgada pela revista Veja, um a cada três eleitores do ex-presidente Lula vota em Zema. Com o rumo da campanha, já é aventada a hipótese de trabalharem o nome de Kalil como ministeriável de Lula, afim de dar uma saída honrosa à derrota que parece iminente.