Novos protestos e greve geral na Grécia após catástrofe ferroviária
Mais de duas semanas depois da catástrofe ferroviária que matou 57 pessoas, a Grécia poderá ficar paralisada nesta quinta-feira (16) por uma greve geral.
Após uma concentração de 40.000 pessoas em Atenas em 8 de março, estão previstas novas manifestações em todo o país.
Espera-se que dezenas de milhares de pessoas saiam às ruas convocadas pelos sindicatos do setor público e, pela primeira vez, do setor privado, com o risco de episódios de violência entre alguns manifestantes e a polícia.
Prevê-se a paralisação de grande parte da Grécia, especialmente dos transportes. Todos os barcos que conectam o continente com as ilhas do país permanecerão no porto. Também espera-se que o tráfego aéreo se veja gravemente perturbado.
Segundo o ministro de Transportes, o tráfego ferroviário será retomado gradualmente a partir de 22 de março.
Muitas escolas também permanecerão fechadas, enquanto os estudantes, que lideram esta onda de protestos inédita desde os anos da crise financeira, preveem se manifestar.
Desde o choque frontal entre um trem de passageiros que ia de Atenas até Tessalônica e um trem de cargas na noite de 28 de fevereiro, os gregos saíram em massa às ruas para expressar sua insatisfação e desconfiança em relação ao governo do conservador Kyriakos Mitsotakis.
Para além da catástrofe ferroviária, os gregos manifestam sua frustração pela deterioração dos serviços públicos em um país assolado por anos de crise e planos de austeridade impostos pelos seus credores.
Apesar do acidente ferroviário ter sido atribuído a um erro humano, também foi colocado em questão o péssimo estado da rede ferroviária e os graves atrasos na modernização da sinalização, segundo as primeiras conclusões da investigação.
FONTE: Estado de Minas