Mais de duas toneladas de urânio desaparecem de instalações nucleares na Líbia, diz AIEA
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) relatou nesta quarta-feira (15) o desaparecimento de cerca de 2,5 toneladas de urânio natural na Líbia, segundo um comunicado enviado à AFP.
Durante uma visita realizada ontem, inspetores da AIEA "descobriram que 10 contêineres com cerca de 2,5 toneladas de urânio natural na forma de concentrado de urânio (yellow cake) não estavam presentes onde autoridades haviam declarado", escreveu o diretor-geral da agência, Rafael Grossi, em relatório aos Estados membros.
O órgão da ONU indicou que fará "verificações adicionais" para "esclarecer as circunstâncias envolvendo o desaparecimento desse material nuclear e sua localização atual".
A Líbia abandonou em 2003 seu programa de desenvolvimento de armas nucleares, criado sob o comando do ex-líder Muammar Khadafi. Desde a queda deste último, em 2011, após 42 anos de ditadura, o país se encontra mergulhado em uma crise política grave, com forças rivais que dividem o país em leste e oeste e inúmeros mercenários e milícias espalhados pelo território, em um contexto de ingerência estrangeira.
Dois governos lutam pelo poder, um sediado em Trípoli (oeste), reconhecido pela ONU, e outro apoiado pelo marechal Khalifa Haftar, líder do leste da Líbia.
FONTE: Estado de Minas