Tragédia em Mariana: processo na Justiça inglesa chega a 700 mil vítimas
A batalha judicial dos atingidos pelo rompimento da barragem em Mariana contra as empresas responsáveis pelo desastre ambiental ganhou um reforço: mais de 500 vítimas acabam de se somar à ação bilionária contra a mineradora anglo-australiana BHP, sócia da Vale e uma das controladoras da Samarco, na Justiça britânica. Com isso, a ação chega a 700 autores.
Com a entrada de novos autores no processo, a indenização supera R$ 230 bilhões. O processo tramita na Inglaterra desde 2018, quando o escritório de advocacia Pogust Goodhead entrou com uma ação contra a BHP, em nome de 200 mil vítimas. Na época, os advogados estimaram a responsabilidade da mineradora em R$ 32 bilhões.
Entre as vítimas, além de pessoas físicas que foram diretamente afetadas pelo desastre, estão membros de comunidades indígenas Guarani, Tupiniquim e Pataxos, quilombolas, instituições religiosas, empresas, autarquias e 46 municípios, não apenas de Minas Gerais e Espírito Santo, mas também dos estados do Rio de Janeiro e da Bahia.
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O início do julgamento está marcado para acontecer em abril de 2024, se um acordo não for alcançado até a data. Em julho do ano passado, foram feitas as primeiras audiências diretivas, nas quais os advogados conseguiram um novo prazo para inclusão de clientes no processo.Disputa judicial entre mineradoras
No ano passado, a BHP ajuizou uma ação de contribuição contra a Vale em conexão com o processo que corre na Justiça inglesa, com o objetivo de dividir com a mineradora brasileira a responsabilidade pelas indenizações na Inglaterra.
As duas mineradoras são acionistas da Samarco, responsável pela barragem, mas a Vale não faz parte do processo inglês, somente a BHP, que tem parte de seu capital na Inglaterra. As próximas audiências do caso começam em 29 e 30 de março.
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FONTE: Estado de Minas