Vídeo mostra morte de americano ao ser detido por policiais em hospital psiquiátrico

21 mar 2023
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Um vídeo chocante divulgado, nesta terça-feira (21), mostra a morte de um homem negro de 28 anos ao ser internado em um hospital psiquiátrico nos Estados Unidos, onde foi contido à força por até 10 policiais e seguranças do hospital.

A morte de Irvo Otieno, em 6 de março, no estado da Virgínia (leste), reacendeu o debate sobre como as forças de segurança dos Estados Unidos tratam as pessoas com doenças mentais.

Sete policiais do condado de Henrico, em sua maioria afro-americanos, e três policiais do Central State Hospital em Petersburg foram acusados de assassinato na semana passada.

A promotora Ann Cabell Baskervill afirma que o jovem de 28 anos morreu "por asfixia" enquanto era "contido fisicamente".

O vídeo da tragédia, registado por uma câmara de vigilância e divulgado nesta terça-feira por vários meios de comunicação, mostra a sua chegada ao hospital depois de três dias em uma cela.

Algemado, com correntes nos tornozelos, sem camisa e sem sapatos, ele avança encurvado, puxado por agentes.

Primeiro ele se senta no chão, com as costas apoiadas em uma poltrona. Minutos depois, ele está no chão e eles o detém, sem um motivo aparente.

Um policial fica de pé sobre ele e outro aparentemente pressiona o joelho sobre a cabeça e o pescoço de Otieno, enquanto cerca de 10 funcionários do hospital observam. Algumas vezes os ajudam.

A impressão que se tem é de que eles querem imobilizá-lo para amarrar suas pernas e pressionam diferentes partes do seu corpo, principalmente na região do abdômen, por pelo menos 11 minutos. Quando a pressão é liberada, Irvo Otieno está inconsciente e sem pulso. Os esforços para reanimá-lo fracassam.

A família de Irvo Otieno decidiu divulgar o vídeo. Na semana passada, sua mãe, Caroline Ouko, disse que seu filho estava sofrendo de uma crise de "doença mental".

"Meu filho foi tratado como cachorro, pior que cachorro. Eu vi com meus próprios olhos (...) sufocaram meu bebê", disse.

O advogado da família, Ben Crump, comparou o caso ao assassinato de George Floyd, um homem negro de cerca de quarenta anos que morreu em 2020 asfixiado por um policial branco. O vídeo de sua morte correu o mundo e gerou uma mobilização contra o racismo e a violência policial.


FONTE: Estado de Minas


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