Polônia: eixo Rússia-China é ‘perigoso’
O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, descreveu o eixo China-Rússia como "perigoso", nesta quarta-feira (22), após a visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Moscou.
A visita do presidente chinês a Moscou "nos enche de preocupação", porque "o eixo China-Moscou é perigoso", disse o primeiro-ministro Morawiecki em entrevista coletiva ao lado de seu homólogo japonês, Fumio Kishida.
Xi deixou a Rússia hoje de manhã, após uma cúpula com o presidente Vladimir Putin, na qual ambos asseguraram que as relações entre suas nações entraram em uma "nova era".
A visita do líder chinês foi interpretada como um endosso a Putin, que enfrenta um mandado de prisão por parte do Tribunal Penal Internacional (TPI) por denúncias de deportação ilegal de crianças ucranianas.
O líder russo disse estar aberto a negociar com a Ucrânia, país contra o qual lançou uma ofensiva há mais de um ano, e elogiou a proposta de paz de 12 pontos apresentada pela China. Nela, pede-se diálogo e respeito à soberania territorial dos todos os países.
Um dos aliados mais próximos da Ucrânia, a Polônia expressou preocupação com o fortalecimento da cooperação entre Pequim e Moscou.
"Estamos tentando convencer a China a não apoiar a Rússia em sua agressiva política internacional", disse o líder polonês.
Kishida chegou à Polônia, depois de uma viagem à Ucrânia. Lá, visitou a capital do país, Kiev, e a cidade de Bucha, onde soldados russos foram acusados de cometer atrocidades.
O primeiro-ministro japonês elogiou a ajuda da Polônia ao país devastado pela guerra e disse ter transmitido "a solidariedade inabalável do Japão e do G7" ao presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
FONTE: Estado de Minas