Ucrânia necessita de US$ 411 bilhões para reconstrução e recuperação (Banco Mundial)
A Ucrânia vai necessitar de 411 bilhões de dólares para sua reconstrução e recuperação econômica após mais de um ano de guerra provocada pela invasão russa, segundo uma estimativa publicada pelo Banco Mundial (BM), ONU, União Europeia (UE) e Kiev nesta quarta-feira (22).
Enquanto os combates continuam, essas organizações antecipam que são requeridos 14 bilhões de dólares imediatamente nesse ano, para "investimentos críticos e prioritários" que permitam iniciar a reconstrução do país.
A soma total de 411 bilhões é mais do dobro do PIB da Ucrânia em 2021, antes da guerra, segundo os dados do Banco Mundial. A avaliação anterior, feita no final de outubro, era de 350 bilhões de dólares necessários para a reconstrução.
"Agradecemos ao BM pela sua análise que será uma ferramenta importante para nós e nossos sócios, quando foram lançados projetos de recuperação, (entre eles alguns) que já começaram", apontou o primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmyhal, citado no comunicado.
O governo ucraniano esclareceu que a avaliação dos danos não inclui as regiões do país atualmente ocupadas pelas tropas russas.
Segundo o estudo divulgado nesta quarta, as principais necessidades derivadas da invasão russa iniciada em 24 de fevereiro de 2022 se concentram no setor de transportes, habitação e energia, que sofreram danos em torno de 50% do total estimado neste primeiro ano de guerra.
"A reconstrução levará vários anos, mas as boas notícias são a resiliência e determinação do país e o apoio dos parceiros para limitar os danos e reduzir as necessidades", resumiu a vice-presidenta do BM para a Europa e Ásia Central, Anna Bjerde.
Na terça (21), o FMI anunciou que firmou um acordo com o governo ucraniano para estabelecer um plano de ajuda de 15,6 bilhões de dólares em quatro anos, que ainda deve ser aprovado pela sua diretoria.
Por sua vez, o BM já entregou mais de 20 bilhões de dólares à Ucrânia em forma de créditos e doações, os Estados Unidos forneceram 110 bilhões de dólares desde o início do conflito, incluindo apoio militar.
FONTE: Estado de Minas