Polícia fecha o cerco em torno de mulher que abandonou crianças
Fecha-se o cerco em torno de Terezinha Pereira dos Santos, de 53 anos, a mulher apontada como responsável por manter duas crianças, de 6 e 9 anos, em cárcere privado, num apartamento no Lagoinha. As vítimas foram encontradas desnutridas e em péssimas condições de saúde, no dia 21 do último mês, quando vizinhos alertaram a polícia.
As crianças são filhas de Kátia Cristina Alves, que foi presa depois de levar o filho mais novo à UPA de São Joaquim de Bicas, em 6 de fevereiro último. A criança, de cerca de dois anos, chegou morta e foi constatado pelos médicos que ela tinha sido vítima de maus tratos.
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A filha da foragida, Valeska Pereira dos Santos, de 28 anos, que seria o braço direito de Terezinha, foi presa na última segunda-feira (20/3). Havia contra ela, assim como há contra a mãe, um mandado de prisão preventiva, deferido pela Justiça.
Valeska foi detida ao tentar solicitar alteração de documentos pessoais na Unidade de Atendimento Integrado (UAI), na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte. Ela foi encaminhada à Polícia Civil, que ratificou a prisão.
Segundo o chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), o delegado Eduardo Vieira, nesta quarta-feira (22/3), a Polícia Civil realizou uma operação no bairro Imperial, zona rural de São Joaquim de Bicas, Região Metropolitana de Belo Horizonte, e também na Região Centro-sul de Belo Horizonte, para tentar cumprir o mandado contra Terezinha, mas ela não foi localizada e é considerada foragida da Justiça.
“Esperamos que a população possa contribuir com informações e a investigada tenha a oportunidade de se apresentar espontaneamente na presença do advogado à Polícia Civil”, diz o delegado Vieira.
Outro delegado que também participa das investigações, Evandro Radaelli, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), explica que durante a ação policial, planejada com informações de inteligência que davam conta do paradeiro da procurada, 12 policiais civis participam da operação.
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“Percorremos áreas de matagais de difícil acesso, contando, inclusive, com drones para tentativa de visualização do alto e para executar estratégias de incursão das equipes nas regiões fechadas”, conta o delegado Radaelli.
Mãe das crianças ajuda na investigação
O delegado Diego Lopes, também da Depca, informa que as investigações estão avançadas e que as duas mulheres deverão responder pelos crimes de tortura, cárcere privado, abandono de incapaz e maus-tratos.
“Desde a notícia do crime, montamos uma força-tarefa, com dois delegados no caso, de modo a acelerar as investigações. Além disso, ouvimos dezenas de pessoas, incluindo as vítimas, com o cuidado de escuta especializada; e a mãe das crianças, na condição de testemunha. Hoje, conseguimos chegar a um inquérito policial bastante consolidado”, afirma ele.
A Polícia Civil está pedindo ajuda e solicita aos cidadãos que tenham qualquer informação sobre o paradeiro de Terezinha a entrarem em contato pelo Disque Denúncia 181 ou procurarem a Depca, localizada na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 2.175, bairro Carlos Prates, em BH.
FONTE: Estado de Minas