China sustenta economia russa, diz secretário-geral da Otan

05 abr 2023
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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, garantiu nesta quarta-feira (5) que a China apoia a economia da Rússia, permitindo-lhe fazer face às sanções impostas pela guerra na Ucrânia.

"A China se nega a condenar a agressão da Rússia [à Ucrânia]. Isso ecoa a propaganda russa. E sustenta a economia da Rússia", disse Stoltenberg, em uma entrevista coletiva após uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Otan.

"Em um momento em que Pequim e Moscou pressionam contra a ordem internacional baseada em regras, é ainda mais importante permanecermos unidos", insistiu.

Stoltenberg reiterou a advertência da Otan à China sobre a possibilidade de que repasse armamento para a Rússia para uso na Ucrânia, mas acrescentou que a aliança militar "não pôde confirmar" que tal cenário tenha ocorrido.

"A China sabe que haverá consequências graves, se o fizer", frisou.

"Estamos monitorando muito de perto o que a China está fazendo, e qualquer ajuda letal à Rússia seria um erro monumental com consequências graves", disse ele, embora não tenha dado detalhes sobre quais seriam essas "consequências".

Na avaliação do chefe da Otan, "o comércio com a China se tornou ainda mais importante para a Rússia, devido às sanções econômicas" impostas em decorrência da guerra contra a Ucrânia.

"A China não é um adversário, mas, na cúpula [da Otan] em Madri em 2022, os aliados consideraram seu comportamento cada vez mais agressivo como um desafio a seus interesses, segurança e valores", lembrou.

A Otan fará uma cúpula em julho em Vilnius, na Lituânia, e Stoltenberg antecipou, nesta quarta, que convidou os líderes de Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia para esse evento.

Hoje, Stoltenberg teve uma reunião com os ministros das Relações Exteriores desses quatro países para discutir "o crescente alinhamento da China com a Rússia", assim como o apoio chinês à economia russa e suas atividades militares conjuntas.

"Tudo isso é muito preocupante", completou.


FONTE: Estado de Minas


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