Centenas de pessoas comparecem ao funeral de blogueiro morto em atentado na Rússia

08 abr 2023
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Centenas de pessoas, incluindo o fundador do grupo paramilitar russo Wagner, compareceram neste sábado (8) ao funeral de um famoso blogueiro militar que apoiava a ofensiva na Ucrânia e morreu em um atentado na semana passada.

O funeral de Maxim Fomin aconteceu no cemitério de Troyekurovskoye, zona oeste de Moscou.

A cerimônia teve grande presença de policiais. Muitas pessoas utilizavam peças com as letras com Z ou V, símbolos de apoio à campanha militar na Ucrânia.

No domingo passado, Maxim Fomin, conhecido pelo pseudônimo de Vladlen Tatarsky, morreu em um atentado com bomba em um café de São Petersburgo que pertence ao fundador do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin.

O governo russo acusou a Ucrânia e "agentes" do opositor detido Alexei Navalny de envolvimento no assassinato. Kiev afirmou que o crime foi um acerto de contas interno entre os círculos que apoiam a operação militar de Moscou.

"Vladlen Tatarsky seguirá conosco, sua voz continuará ressoando", declarou Prigozhin no cemitério, segundo a agência de notícias Ria Novosti.

As autoridades russas anunciaram a detenção de uma mulher de 26 anos, Daria Trepova, que foi acusada de "terrorismo" e que teria admitido que entregou ao blogueiro uma estatueta que continha explosivos.

Trepova não afirmou até o momento que participou de maneira voluntária do ataque, nem mencionou quem o teria planejado.

O crime, do qual muitos aspectos ainda são ignorados, ilustra a propagação na Rússia, e a muitos quilômetros da frente de batalha, da violência vinculada ao conflito. Em agosto, Daria Dugina, filha de um conhecido ideólogo próximo ao Kremlin, morreu em um atentado com bomba perto de Moscou.

Maxim Fomin era um dos blogueiros militares pró-Kremlin mais famosos do país, com mais de 500.000 seguidores em sua conta no Telegram. A influência dos ativistas que publicam relatos de 'missões' com o exército russo na Ucrânia e compartilham suas análises aumentou consideravelmente desde o início da ofensiva russa em fevereiro de 2022.

"Eu tinha muitos amigos em comum com o falecido", disse à AFP Alexei Sobolev, 45 anos, que compareceu ao funeral e afirmou que luta ao lado dos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia desde 2014.

Nascido na região do Donbass, no leste da Ucrânia, Maxim Fomin também se alistou em 2014 nas tropas dos separatistas pró-Rússia.


FONTE: Estado de Minas


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