Igreja ortodoxa denuncia restrições ‘autoritárias’ de Israel na Páscoa

12 abr 2023
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A Igreja ortodoxa grega denunciou, nesta quarta-feira (12), as "restrições "autoritárias" e "excessivas" impostas pelas autoridades israelenses para a celebração de Páscoa do "fogo sagrado" em Jerusalém e convocou os cristãos a participarem dela.

Milhares de fiéis participam todos os anos, na véspera da Páscoa ortodoxa, da cerimônia do "fogo sagrado" na Basílica do Santo Sepulcro, construída segundo a tradição no local onde os cristãos guardam o episódio da crucificação de Jesus, de seu enterro e de sua ressurreição.

Está situada na Cidade Velha de Jerusalém, no setor palestino ocupado e anexado por Israel.

A polícia israelense anunciou restrições para esta cerimônia que deve ocorrer no sábado, restringindo o número de participantes dentro da igreja a apenas 1.800 pessoas.

O padre Mattheos Siopis denunciou hoje, à imprensa, as "restrições excessivas" que "limitarão o acesso dos cristãos à Igreja do Santo Sepulcro e à cerimônia do fogo sagrado".

Durante a cerimônia, momento mais importante do cristianismo oriental, os sacerdotes recebem milagrosamente, segundo eles, o fogo sagrado no interior da tumba de Jesus e depois transmitem-no, de círio em círio, aos fiéis reunidos na igreja e, então, no exterior.

Este rito milenar, símbolo de eternidade, paz e renovação, é celebrado por peregrinos, principalmente da Europa Oriental, mas também da comunidade ortodoxa palestina da Terra Santa.

Nesta quarta-feira, a polícia israelense alegou que suas restrições tem como objetivo garantir a segurança.

"Não é possível todo o mundo entrar na igreja por medidas de segurança", afirmou o chefe da polícia do distrito de Jerusalém, Yoram Segal.

Referindo-se a um tumulto que deixou mortos durante a peregrinação judaica de 2021 em Israel, Segal acrescentou que não quer que "essa grave experiência se repita".


FONTE: Estado de Minas


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