Avanço promissor para o diagnóstico da doença de Parkinson
Um estudo publicado nesta quinta-feira (13, noite de quarta em Brasília) concluiu que a acumulação da proteína alfa-sinucleína no cérebro está ligada a certas formas de Parkinson, abrindo a porta para um diagnóstico precoce desta doença.
A alta presença dessa proteína no líquido cefalorraquidiano que banha o cérebro é "altamente precisa na detecção das formas típicas da doença de Parkinson", resume o estudo publicado na revista Lancet Neurology.
O Parkinson, juntamente com o Alzheimer, é uma das principais patologias do cérebro, mas não se sabe o que causa esta doença que deteriora progressivamente a capacidade de movimento do paciente.
No entanto, vários fatores associados à doença são conhecidos. Dentre eles, sabe-se há anos que os pacientes costumam apresentar agregados de alfa-sinucleína.
A novidade do estudo da Lancet Neurology foi que ele foi feito em centenas de pacientes e confirmou que a presença elevada dessa proteína permite a detecção da doença.
No entanto, um teste "biológico" para a doença de Parkinson, que atualmente só é diagnosticado por sintomas visíveis, ainda está longe de poder ser implementado.
Será preciso saber se a técnica funciona também com exames de sangue, mais fáceis de fazer do que os de líquido cefalorraquidiano.
Mas esse estudo liderado pelo neurologista americano Andrew Siderowf "lança as bases para um diagnóstico biológico da doença de Parkinson", disseram à revista Daniela Berg e Christine Klein, pesquisadoras que não participaram do trabalho.
FONTE: Estado de Minas