Trump volta a se apresentar à justiça em Nova York, desta vez por fraude financeira

13 abr 2023
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O ex-presidente americano Donald Trump voltou a se apresentar à justiça, nesta quinta-feira (13), para ser interrogado sob juramento em um processo por fraude em sua empresa, Trump Organization, uma semana após ter sido acusado em outra ação criminal.

O ex-presidente, de 76 anos, que pretende voltar à Casa Branca nas eleições de 2024, seria interrogado sob juramento a portas fechadas.

O milionário republicano saiu da Trump Tower, na Quinta Avenida, em Manhattan, e pouco depois entrou no estacionamento do edifício que sedia o gabinete da procuradora-geral do estado de Nova York Letitia James, neste distrito financeiro perto de Wall Street, comprovaram jornalistas da AFP.

Opositores e apoiadores foram às imediações do prédio, onde forças de segurança estavam mobilizadas para conter eventuais distúrbios.

A procuradora-geral pede de Trump e seus três filhos 250 milhões de dólares (em torno de 1,22 bilhão de reais) em indenizações e sua inabilitação para dirigir empresas.

James os acusa de uma "fraude incrível", segundo suas palavras, por terem manipulado "deliberadamente" as avaliações dos ativos da empresa da família, que inclui campos de golfe, hotéis de luxo e outras propriedades, para obter empréstimos bancários ou reduzir impostos.

- "Caso ridículo" -

Estes interrogatórios a portas fechadas e sob juramento ocorrem no âmbito das diligências realizadas antes do julgamento, previsto para o começo de outubro.

É um caso "ridículo", "assim como o restante dos casos de ingerência eleitoral de que sou alvo", escreveu em sua rede social, Truth Social, o ex-presidente, que vê acumularem-se as frentes judiciais em plenas primárias do Partido Republicano pela indicação do partido às eleições presidenciais.

Além de sua acusação histórica - ele é o primeiro ex-presidente a se sentar no banco dos réus -, Trump está na mira da justiça por seu suposto envolvimento na tentativa de reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020 na Geórgia, e por seu papel na invasão do Capitólio por seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021.

Em uma mensagem na Truth Social, o ex-presidente chamou de "racista" a procuradora nova-iorquina, uma democrata negra eleita nas urnas. Ele também usa este adjetivo para se referir ao promotor de Manhattan, Alvin Bragg, também negro, que o acusou na semana passada.

Trump já havia sido interrogado por James em agosto passado, mas ao longo da audiência, invocou o direito a permanecer em silêncio, em virtude da Quinta Emenda da Constituição americana.

Este caso é diferente do processo criminal, no qual ele foi acusado na semana passada de 34 crimes por suposta fraude contábil e fiscal para ocultar um pagamento a uma atriz pornô feito para comprar seu silêncio na reta final das eleições presidenciais de 2016. O objetivo era evitar que viesse a público um suposto relacionamento entre ambos dez anos antes, o que Trump sempre negou.


FONTE: Estado de Minas


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