Ministro da Defesa chinês destaca laços ‘fortes’ com Moscou em encontro com Putin

16 abr 2023
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O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, comemorou, neste domingo (16), os "fortes" laços com Moscou, durante um encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no Kremlin.

"Temos laços muito fortes, que vão além das alianças político-militares da época da Guerra Fria" e "são muito estáveis", disse ele em declarações transmitidas pela televisão russa.

O ministro acrescentou que a relação entre os dois países "entrou em uma nova era".

"Esta é minha primeira visita ao exterior desde que assumi o cargo de ministro da Defesa da China. Escolhi especificamente a Rússia para enfatizar a natureza especial e a importância estratégica de nosso relacionamento bilateral", adicionou Li Shangfu.

Na reunião, que também contou com a presença do ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, Putin comemorou a cooperação militar entre seu país e a potência asiática.

"Também estamos trabalhando ativamente através dos departamentos militares, trocando informações úteis frequentemente, trabalhando juntos na cooperação militar e técnica e realizando exercícios conjuntos", anunciou o mandatário russo, realçando a natureza "estratégica" das relações entre ambos.

A viagem de Li à Rússia, que deve se estender até 19 de abril, sucede a visita oficial do presidente chinês, Xi Jinping, a Moscou no mês passado.

Em dois dias de reuniões, Putin e Xi comemoraram a "nova era" de sua relação bilateral e conversaram sobre a proposta chinesa para uma resolução do conflito na Ucrânia.

A China, que até então não condenou a operação militar russa em solo ucraniano, mantém uma postura de neutralidade e aspira desempenhar um papel de moderador diante dos confrontos.

Washington, por sua vez, acusou Pequim de considerar a entrega de armas à Rússia, o que a China nega, apesar de se reaproximado de Moscou após o início de sua ofensiva na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Moscou e Pequim estreitaram sua cooperação nos últimos anos com o objetivo comum de contrabalançar a influência global dos Estados Unidos.


FONTE: Estado de Minas


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