Polícia busca nos EUA pistas sobre disparos fatais em festa de aniversário

17 abr 2023
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Policiais dos Estados Unidos estão buscando informações sobre o tiroteio que devastou uma pequena cidade no estado do Alabama, sul dos Estados Unidos, deixando quatro mortos e 28 feridos na festa de aniversário de uma adolescente.

Na manhã desta segunda-feira (17), 36 horas após a tragédia, as autoridades estaduais e locais ainda não haviam divulgado nenhum detalhe sobre um possível suspeito ou suspeitos, o motivo dos disparos, as identidades e idades das vítimas ou como elas morreram.

As autoridades não informaram se prenderam algum suspeito ou se os atiradores seguem em liberdade ou morreram no tiroteio de sábado à noite que acabou com a tranquilidade de Dadeville, uma comunidade muito unida de cerca de 3.000 habitantes ao nordeste da capital Montgomery.

O sargento Jeremy Burkett, porta-voz da Agência de Execução da Lei do Alabama (ALEA), confirmou aos jornalistas o número de mortos e feridos e acrescentou que algumas vítimas permaneciam em estado crítico.

"Garanto que estamos fazendo tudo que é possível" para avançar na investigação, disse Burkett à AFP nesta segunda-feira (17).

No entanto, durante duas coletivas de imprensa no domingo, as autoridades forneceram poucas informações e não responderam perguntas, enquanto Burkett indicou que os investigadores estavam entrevistando testemunhas.

"Não vamos nos apressar para o fracasso", afirmou. "Esta também é uma situação muito variável", acrescentou Burkett, enquanto implorava aos moradores que fornecessem informações que possam esclarecer o que aconteceu.

"Não posso enfatizar o suficiente: necessitamos absolutamente que compartilhem", alertou o oficial.

O presidente americano Joe Biden, que há muito tempo busca medidas de segurança mais rigorosas para as armas de fogo, interveio no domingo para oferecer suas condolências e condenar a violência armada "indignante e inaceitável" contra crianças.

De acordo com funcionários do hospital, a maioria dos baleados era adolescente e, segundo testemunhas, as vítimas estavam em uma festa de aniversário de "Sweet 16" - semelhante à comemoração dos 15 anos das meninas na América Latina -, realizada em um salão alugado na praça da cidade.

- "Vi sangue saindo do meu braço" -

Centenas de moradores se reuniram no domingo à noite em frente a uma igreja de Dadeville para uma vigília, em que as pessoas se consolaram e fizeram orações.

Taniya Cox participou do evento com uma camisola hospitalar e um braço engessado depois de receber tratamento para dois ferimentos a bala, segundo o jornal Montgomery Advertiser.

"A mãe disse que quem tinha armas tinha que sair e eles não saíram, e cinco minutos depois começaram os tiros", contou a vítima, citada pelo The Advertiser.

"Não sabia o que estava acontecendo, só vi sangue saindo do meu braço", acrescentou.

Cox disse que depois dos disparos iniciais, voltou ao local e viu "outros atiradores". "Disseram para eu sair do caminho ou atirariam", lembrou.

A frustração devido ao hermetismo da polícia parecia crescer. "Há muito mais informação que podem dar", declarou à rádio NPR uma participante da vigília identificada como Teneeshia Johnson.

Entre as vítimas estava Philstavious Dowdell, um estudante e atleta local que se formaria em algumas semanas, com planos de ingressar na Universidade Estadual de Jacksonville com uma bolsa de futebol americano. Ele era irmão da aniversariante Alexis.

"Era um ótimo jovem com um futuro brilhante. Estamos devastados", lamentou o técnico de Jacksonville, Roger McDowell.

Os Estados Unidos, com seus 330 milhões de habitantes, têm 400 milhões de armas de fogo e ataques a tiros em massa são habituais. Esforços para endurecer os controles das armas estão há anos paralisados no Congresso.


FONTE: Estado de Minas


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