‘Meu cachorro é o CEO do Twitter’, ‘cortamos 80% da equipe’, diz Musk sobre a empresa em entrevista à BBC

18 abr 2023
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Empresário ainda abordou temas como desinformação na plataforma, lucratividade e conta se está arrependido de ter comprado a rede social. Elon Musk quer levar pessoas ao redor da Lua: o que se sabe sobre futuras viagens da SpaceX?

Reuters

Musk vem sendo criticado pela o

Em entrevista à BBC, nesta quarta-feira (12), o bilionário Elon Musk falou sobre algumas polêmicas envolvendo a compra do Twitter e a experiência em administrar a empresa.

ENTREVISTA: Musk diz que ser dono do Twitter tem sido 'muito doloroso'

Segundo ele, o seu próprio cachorro é o atual presidente-executivo (CEO) da mídia social. O empresário também confirmou que cortou cerca de 80% da equipe para o Twitter "não falir".

Confira a seguir os principais pontos abordados pelo empresário:

Presidência do Twitter

Demissão em massa

A compra do Twitter

Discurso de ódio

Presidência do Twitter

Ao ser questionado sobre quem assumiria o cargo de CEO após deixar o comando da empresa, Musk respondeu:

"Eu [já] me afastei. Eu continuo dizendo que eu não sou o CEO do Twitter, meu cachorro é o CEO do Twitter. Ele é um ótimo cachorro, muito alerta", disse.

Em dezembro de 2022, Musk abriu uma enquete na plataforma perguntando se deveria deixar a chefia da empresa. Ele prometeu acatar o que fosse decidido pela maioria, que votou para ele não ficar no comando do Twitter.

Demissão em massa

Ele também revelou que a rede social tem hoje 1.500 funcionários e que, após concluir a compra, teve de desligar cerca de 80% da equipe:

"[Quando assumi], a gente tinha pouco menos de 8 mil trabalhadores e, agora, somos 1.500. Não é nada divertido, é doloroso. A empresa vai à falência se não cortasse custos imediatamente", revelou.

Segundo a CBNC, o Twitter conta agora com menos de 550 engenheiros trabalhando em tempo integral. Já a área responsável pelas recomendações sobre a política de uso da plataforma passou a ter apenas 20 funcionários.

A compra do Twitter

Questionado se ele se arrependia de ter comprado o Twitter, o segundo homem mais rico do mundo disse que "o nível de dor tem sido extremamente alto, não tem sido nenhum tipo de festa".

"Não tem sido entediante. Tem sido uma montanha-russa. A situação nos últimos meses tem sido realmente estressante", contou.

"Às vezes durmo no escritório. Há uma biblioteca que ninguém vai no sétimo andar e tem um sofá. Durmo lá algumas vezes [por causa do volume de trabalho]”.

No início de março, Elon Musk estimou que o valor do Twitter está em US$ 20 bilhões, menos da metade dos US$ 44 bilhões calculados em outubro passado, quando a rede social foi adquirida pelo magnata, segundo um documento interno consultado por vários meios americanos.

"Podemos ser lucrativos, ou, para ser mais preciso, o fluxo de caixa positivo neste trimestre se as coisas continuarem indo bem. Acho que quase todos os anunciantes voltaram ou disseram que vão voltar, disse.

Discurso de ódio

Musk vem sendo criticado pela política fraca no combate à desinformação e ao discurso de ódio no Twitter. Ele alega que esses casos diminuíram com a sua gestão:

"Há menos [discurso de ódio no Twitter] nestes dias porque eliminamos muitas contas robô. Não temos mais tantas contas falsas como tínhamos antes, porque eu tenho dado muita atenção para isso", declarou Musk.

Uma reportagem do jornal "The New York Times" revela que o discurso de ódio contra negros aparecia em média 1.282 vezes por dia no Twitter. Esse número saltou para 3.876 vezes após Musk assumir, segundo um levantamento do Centro de Combate ao Ódio Digital.

Além disso, ataques on-line contra homens gays apareciam em média 2.506 vezes por dia. Depois, o número subiu para 3.964, com Musk.

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FONTE: G1 Globo


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