Estudante que escravizava e estuprava jovens virtualmente é preso no DF
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Um cibercriminoso foi preso na manhã desta quarta-feira (23/8) durante uma operação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Segundo as investigações, o estudante de 18 anos convencia meninas adolescentes a enviarem material pornográfico para ele pelas redes sociais e depois as escravizava e estuprava virtualmente.
De acordo com a PCDF, após conseguir que as meninas enviassem fotos e vídeos para ele, o cibercriminoso as escravizava virtualmente e as mandava chamá-lo de “mestre”. Além disso, o suspeito fazia com que as jovens fizessem mais vídeos de conteúdo sexual — cometendo estupro virtual — e de automutilação, escrevendo palavras com uma navalha nos próprios corpos. Por fim, ele as induzia ao suicídio.
Durante as investigações, a equipe da DRCC notou que o investigado usava a rede de computadores de uma universidade federal da capital, diretamente ligada ao Ministério da Educação, para divulgar o material relacionado ao abuso sexual infantil. O rapaz de 18 anos é estudante da disciplina denominada “Áudio e Vídeo” na universidade onde utilizava a rede para divulgar o material pornográfico.
Além da prisão, a operação, chamada de “Gaslighting”, cumpriu ainda mandados de busca e apreensão na residência do suspeito, no Recanto das Emas, onde ele armazenava a pornografia infanto-juvenil produzida nos equipamentos de informática e em um computador da universidade, que tem sede no Distrito federal. Todo o material será analisado pela Seção de Perícias de Informática do Instituto de Criminalística (IC).
O estudante vai responder pelos crimes de registro não autorizado da intimidade sexual, armazenamento de pedopornografia, induzimento à prática de automutilação e suicídio e estupro na modalidade virtual. Somadas, as penas podem chegar a 17 anos de prisão.
A operação contou com a participação de seis policiais da DRCC, além do apoio de Peritos Criminais da seção de Informática do Instituto de Criminalística e de uma equipe da Corregedoria do Corpo de Bombeiros. Segundo a PCDF, a participação da corregedoria está relacionada ao fato de o pai do suspeito integrar a referida instituição militar.
O nome da operação foi escolhido pelo termo “Gaslighting” designar uma forma de abuso psicológico em que informações são manipuladas até que a vítima não consiga mais acreditar na própria percepção da realidade.
FONTE: Estado de Minas