Gripe aviária: primeiro caso de contaminação de ave doméstica é confirmado
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmou nesta terça-feira (27/6) o primeiro caso de contaminação de ave doméstica pela gripe aviária de alta patogenicidade, ou seja, que pode causar graves sinais clínicos e altas taxas de mortalidade. A detecção do vírus ocorreu no município de Serra, no Espírito Santo, em uma criação de subsistência onde havia patos, gansos, marrecos e galinhas.
Esse é o primeiro foco detectado em aves domésticas em local de criação com objetivo de consumo próprio. Até então, o vírus estava acometendo espécies silvestres, como Carcará, Trinta-réis-de-bando, Gavião Carijó , Trinta-réis-real, Trinta-réis-de-bico-vermelho, Atobá-pardo, Biguá, Cisne-de-pescoço-preto, Corujinha-do-mato, Fragata, Gaivota-de-cabeça-cinza e Gavião-carijó.
De acordo com o MAPA, as novas contaminações não trouxeram restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. Com isso, o consumo e exportação das aves permanecem seguros.
Em Minas Gerais, o Ministério Público pediu à Justiça que todos os animais comercializados no Mercado Central de Belo Horizonte fossem retirados do centro de compras. No início da tarde desta terça-feira, o Tribunal de Justiça acatou a liminar enviada e determinou que os animais fossem removidos de forma imediata. No entanto, em entrevista ao Estado de Minas, a administração do local afirmou que não foi notificada e que a medida “não possui embasamento científico”.
A recomendação é que caso a população encontre aves doentes ou mortas não façam contato direto e sem proteção adequada. Todas as suspeitas de gripe aviária em aves domésticas ou silvestres, incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas imediatamente ao órgão estadual de saúde animal ou à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária por qualquer meio.
Estado de emergência
No dia 22 de maio, o Ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro, decretou estado de emergência zoossanitária devido ao aumento de contaminações de aves silvestres pelo vírus H5N1. A medida é válida até o meio de novembro deste ano: 180 dias. O texto ainda prorroga, por tempo indeterminado, a suspensão de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomerações de aves.
Além disso, criadouros de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior também estão, temporariamente, interditados. A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.
Até o momento, conforme dados do MAPA, nenhum caso da doença foi confirmado em Minas Gerais. Onze possíveis infecções de aves foram descartadas. No entanto, 53 contaminações já foram confirmadas em todo o país. Os estados atingidos são: Espírito Santo, 28, Bahia, 3, Rio de Janeiro, 13, Paraná, 3, e São Paulo, 4, Santa Catarina, 1, e Rio Grande do Sul, 1.
Contaminação humana
De acordo com o MAPA, a infecção de humanos pelo vírus acontece, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas. A recomendação é que caso a população encontre aves doentes ou mortas não façam contato direto e sem proteção adequada.
Todas as suspeitas de gripe aviária em aves domésticas ou silvestres, incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas imediatamente ao órgão estadual de saúde animal ou à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária por qualquer meio.
FONTE: Estado de Minas