Instrutor da PM é afastado de curso suspeito de agredir uma policial no CE
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
Um policial militar do Tocantins foi retirado da função de instrutor do curso tático promovido pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp) após uma policial feminina acusá-lo de agressão. O afastamento do militar foi comunicado nesta terça-feira (20/6) pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE).
Segundo a vítima, o instrutor bateu em suas nádegas com uma ripa de madeira e não havia sofrido até então nenhum tipo de punição. Ao contrário disso, ele foi elogiado por seu desempenho ao ministrar as atividades no início do mês, quando a violência teria acontecido. Após o episódio, a policial pediu desligamento do curso.
“Sim, essa agora sou eu, vítima de um macho escroto que se diz instrutor de curso! Um cabo da polícia militar do Tocantins, que, mesmo depois do ocorrido, está sendo ovacionado pela instituição e por todos que participaram do curso. Curso tático feminino deveria, sim, ser direcionado apenas para mulheres”, escreveu a vítima em suas redes sociais ao decidir denunciar o ocorrido.
Com quatro semanas de duração, o curso foi destinado a policiais militares femininas de Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí. Técnicas operacionais e defesa pessoal estão entre os tópicos abordados durante as aulas.
Inquérito policial
Em nota, a SSPDS-CE disse que um inquérito policial foi instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), “onde foram realizadas oitivas e a vítima recebeu todo acolhimento, além de ser encaminhada para a realização de exame de corpo de delito”.
“É importante destacar ainda que, assim que o pedido de desligamento do curso foi solicitado pela policial feminina, foi designada uma equipe para acompanhar a vítima ao seu Estado de origem”, completa a pasta, destacando que o suspeito “foi imediatamente afastado do curso”.
Por fim, a SSPDS-CE explica que a “Controladoria Geral de Disciplina (CGD) dos órgãos de segurança pública, secretaria autônoma e isenta, que tem a função de investigar e garantir o devido processo legal e proporcionar a segurança jurídica na avaliação da conduta e correição preventiva de servidores, determinou imediata instauração de procedimento disciplinar para devida apuração na seara administrativa disciplinar”.
FONTE: Estado de Minas