Volta às aulas em colégio alvo de ataque tem abraços e emoção
O retorno às aulas da escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (27), foi marcada por abraços e emoção na porta do colégio.
Alvo de ataque de um aluno de 13 anos que feriu cinco pessoas e matou a professora Elisabeth Tenreiro, 71, o colégio ficou duas semanas fechado. Agora, o retorno acontece apenas para 90 alunos. Na terça (11), a volta é para todos os estudantes.
Alunos, pais e professores se emocionaram ao chegar ao colégio. Alguns seguravam flores, enquanto outros se emocionaram e se abraçavam.
Um cartaz foi estendido na fachada do colégio escrito "queridos alunos, sejam bem-vindos". Os muros foram pintados de branco e devem ser coloridos durante as atividades que acontecem ao longo da semana.
Mãe de um dos alunos que era da mesma sala do autor do ataque afirmou que deixar o filho na perua, nesta segunda-feira, foi difícil.
Ela disse que, após o ataque, ficou preocupada com a segurança dos jovens. O filho, diz ela, também estava com medo, mas feliz por poder ver e abraçar as professoras.
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Outra mãe de uma estudante disse que o retorno das aulas deixou seu coração acelerado.
No dia do ataque, sua filha de 13 anos não estava na escola. Ela disse acreditar na escola e no apoio que vão dar. Como forma de demonstrar carinho, ela e a filha carregavam uma orquídea, uma carta escrita pela filha e um quadro escrito "fé, amor e gratidão".
Duas das professoras que foram agredidas durante o ataque do aluno estavam presentes na volta às aulas. Cada uma delas tem um sentimento diferente em relação à retomada.
Para a professora Ana Célia da Rosa, o retorno foi emocionante. Já Rita de Cássia Reis relata que foi difícil voltar.
Com curativos nas mãos, Ana diz que ainda deve ficar afastada nesta semana por causa dos machucados, mas pretende voltar a lecionar na semana que vem.
"Foi emocionante, meu coração disparou [de voltar]", diz ela, que perdeu o sono nesta noite e afirma que os alunos são muito carinhosos com elas.
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Já Rita diz que tudo que passou foi traumático e que recebeu acolhimento dos alunos, mas ainda não pensa em voltar a dar aula.
"Preciso de tratamento, tempo em casa, absorver e entender que foi um caso isolado, que os alunos não são assim. Para mim, voltar foi difícil. Nada de emoção."
Segundo a Secretaria de Estado da Educação, foi estabelecido um plano de acolhimento com equipes multiprofissionais de saúde.
Os estudantes também farão atividades pedagógicas diferentes, como oficinas de arte e grafitagem para a repaginação da unidade escolar.
A secretaria informou que também estão programadas rodas de conversas, oficinas de consciência corporal, jogos colaborativos, entre outras atividades que foram desenvolvidas pelas equipes da escola e outros parceiros.
A pasta disse ainda que a escola contará com o reforço da Ronda Escolar e apoio constante do Gabinete Integrado de Segurança e do Programa Escola Mais Segura. Na manhã desta segunda, duas viaturas da polícia estava em frente à escola.
FONTE: Estado de Minas