Ajuda humanitária chega a Nagorno Karabakh
Veículos com ajuda humanitária entraram nesta segunda-feira (18) na região de separatista de Nagorno Karabakh, após o acordo entre os separatistas armênios e as autoridades azerbaijana.
"A passagem simultânea de veículos da Cruz Vermelha aconteceu pelo corredor de Lachin, o único que liga a Armênia com o território em disputa, e pela rodovia Aghdam, que o liga ao restante do Azerbaijão", anunciou nas redes sociais Hikmet Hajiyev, conselheiro do presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou em um comunicado que, graças a um "consenso humanitário" entre as autoridades, "está enviando farinha de trigo e produtos médicos essenciais" a Nagorno Karabakh pelas duas rodovias.
Os moradores do enclave, de maioria armênia, "precisam urgentemente de ajuda duradoura na forma de entregas humanitárias regulares", declarou Ariane Bauer, diretora regional do CICV na Europa e Ásia Central.
A Armênia acusou o Azerbaijão de provocar uma crise humanitária em Nagorno Karabakh ao bloquear, desde o fim de 2022, o corredor de Lachin, o que aumentou as tensões e os temores de um novo conflito, três anos após o confronto anterior.
Baku rebateu as acusações e afirmou que Nagorno Karabakh poderia receber a ajuda necessária através do Azerbaijão, mas que as autoridades separatistas armênias do enclave rejeitaram a proposta de reabrir ao mesmo tempo o corredor de Lachin e a rodovia de Aghdam.
No domingo, os separatistas armênios anunciaram que aceitavam as entregas humanitárias "simultâneas" pelas duas vias.
A interminável crise entre os dois países do Cáucaso e a mobilização das Forças Armadas do Azerbaijão nas proximidades de Nagorno Karabakh e ao longo da fronteira com a Armênia provocaram os temores de um novo conflito.
A última guerra por este território aconteceu em 2020, quando a Armênia perdeu territórios que controlava desde a década de 1990. Os dois países beligerantes não alcançaram um acordo de paz, apesar dos esforços de mediação da União Europeia, Estados Unidos e Rússia.
FONTE: Estado de Minas