Apoio ocidental segue firme, diz chanceler da Ucrânia

29 ago 2023
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!

A Ucrânia não teme a diminuição do apoio ocidental aos seus esforços contra a invasão russa, afirmou seu ministro das Relações Exteriores, Dmitro Kuleba, nesta terça-feira (29), em resposta a recentes pesquisas nos Estados Unidos que mostram um menor apoio popular à causa ucraniana.

"Não estamos vendo nenhuma queda no apoio por parte do Congresso [dos EUA] e do Parlamento Europeu", disse o ministro ucraniano em entrevista coletiva em Paris, ao lado de sua homóloga francesa, Catherine Colonna.

"Tem gente falando nos Estados Unidos, e na Europa também, dizendo que se deveria dar menos apoio à Ucrânia. Nos Estados Unidos, tem a ver com o início do ciclo eleitoral", alegou o ministro, afirmando que Kiev "vai superar isso, e vamos encontrar uma forma de seguir em frente".

Ante a lentidão da contraofensiva ucraniana iniciada em junho, mais da metade das pessoas entrevistadas nos Estados Unidos pela emissora CNN respondeu no início deste mês que é contra um apoio adicional de Washington a Kiev.

Na mesma linha, no primeiro debate, na semana passada, entre os pré-candidatos à indicação republicana para a eleição presidencial de 2024, vários dos presentes criticaram o presidente Joe Biden por seu apoio contínuo à Ucrânia e sugeriram que, se chegarem ao poder, vão pôr fim a essa estratégia.

A ministra francesa declarou, por sua vez, que é importante dizer à Rússia que "o tempo não está do seu lado". Colonna acrescentou que a França continuará apoiando a Ucrânia "o tempo que for necessário" para que a "agressão" russa seja "um fracasso".

Kuleba descartou a ideia de conversas de paz com o presidente russo, Vladimir Putin, para deter o conflito, e disse que ele não é digno de qualquer confiança.

A este respeito, mencionou o exemplo do líder e fundador do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin, que morreu na semana passada quando o seu avião caiu na Rússia, dois meses após seu breve motim contra a liderança do Exército russo.

"Prigozhin estava em conflito com Putin. Conversou e concordou com garantias de segurança. E, então, Putin o matou. Não há razão para pensar que Putin se comportaria de maneira diferente em outra negociação", disse Kuleba.


FONTE: Estado de Minas


VEJA TAMBÉM
FIQUE CONECTADO